sábado, 28 de abril de 2012

BEM AVENTURADOS OS QUE TEM FOME E SEDE DE JUSTIÇA


Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos.” (Mateus 5:6)
Deus é totalmente justo, um dos seus atributos é a justiça; por isso todo aquele que é de Deus, que reconheceu a Jesus como o seu Senhor, tem fome e sede de justiça. Mas logo nos vem a mente o seguinte: Que justiça é essa? O que significa ser justo? Como essa fome de justiça é saciada? Veremos a seguir algumas considerações sobre essas questões.
No mundo em que vivemos existe muita injustiça, pois o ser humano se afastou de Deus e resolveu seguir seus próprios caminhos, fazendo a sua própria vontade, isso tem gerado muita injustiça porque a maldade habita no coração das pessoas e por essa causa suas atitudes são muitas vezes más e injustas. Veja alguns exemplos para a gente ver como há muita injustiça no mundo: 1) Uma parcela muito pequena da população detém a maior parte das riquezas do mundo, enquanto a maior parte da população vive uma vida pobre e miserável, sem ter acesso às necessidades básicas que uma pessoa precisa ter para viver uma vida digna. 2) No Brasil trabalhamos 4 meses por ano só para impostos ao governo. Temos, porém, um retorno totalmente injusto, pois nós temos uma educação pública de péssima qualidade, a saúde é um caos, os hospitais são superlotados, sem estrutura e os médicos são, muitas vezes, desumanos. Falta moradia digna para muitos. Muitos vivem na miséria e passam fome. 3) A maioria das pessoas trabalha duro para ganhar apenas 01 salário mínimo, enquanto muitos empresários vivem no luxo à custa do suor desses trabalhadores. 4) Boa parte dos governantes que nos representam não olham por nós, olham muito mais para si mesmos, se preocupam muito mais em roubar o dinheiro público do que em fazer algo pelo povo sofrido do país. 5) A violência é algo predominante em nossas cidades. Os criminosos estão soltos enquanto a população está presa nas suas casas com medo de sair na rua. A impunidade é grande, quem comete um crime não é punido e muitos outros se sentem estimulados a entrar no mundo do crime, pois vêem que não existe punição. Existem muitas outras injustiças no mundo, é uma lista interminável.
Quem vê essa situação pensa, às vezes, que a culpa é de Deus, que Ele não se importa conosco; mas a verdade é que tudo de ruim que aconteceu no mundo é consequência da desobediência das pessoas, da maldade delas. Deus não planejou que o mundo fosse assim e um dia Ele vai estabelecer a sua justiça e fazer tudo novo, da maneira que Ele sempre desejou que fosse.
Quem não tem esperança em Deus fica desesperado quando olha para a situação do mundo porque pensa que a injustiça vai sempre prevalecer e as coisas nunca vão mudar. Mas aquele que conhece a Deus, que tem a esperança da vida eterna e que tem fome e sede de justiça sabe que a justiça de Deus prevalecerá pois Ele vai julgar todas as atitudes das pessoas. Todos vão ter que prestar contas a Deus no dia do juízo final e nenhuma maldade ficará impune para aqueles que rejeitaram Jesus e viveram na prática do pecado. Se você crê em Deus e espera nele fique tranquilo. Ele está vendo tudo o que está acontecendo. Não queira se vingar de ninguém, fazer justiça com as próprias mãos, entregue a situação a Deus, pois Ele é o nosso vingador e Ele nos fará justiça. Não se preocupe se o desobediente prospera nessa vida e você, servo de Deus, sofre; pois logo essa prosperidade vai acabar e para eles só restará choro e ranger de dentes no inferno, mas para aqueles que amaram a Deus haverá alegria, paz e vida abundante por toda a eternidade.
O cristão também será farto de justiça sendo ele mesmo uma pessoa justa, ou seja, que procura viver uma vida de obediência a Deus. Veja o que é dito em Provérbios 11:19-20: Como a justiça encaminha para a vida, assim o que segue o mal vai para a sua morte. Abominação ao Senhor são os perversos de coração, mas os de caminho sincero são o seu deleite.” O justo não mente, não rouba, não engana, não oprimi, paga o que deve, honra os compromissos, trata as pessoas com amor, é honesto, etc. Embora fazer tudo isso não garanta a salvação, o justo é assim por amor a Deus.
Também somos fartos de justiça quando Deus coloca sobra nós a sua justiça. Por causa do pecado o ser humano é naturalmente injusto, como é dito em Romanos 3:10: “não há justo, não há nem um sequer.” Pelo fato de Deus ser justo deveria haver uma punição para o pecado, por isso Deus puniu Jesus na cruz para que a dívida da humanidade fosse paga, como é dito em 1 Pedro 3:18: “Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito;” O resultado disso é que todo aquele que crê em Jesus recebe a justiça de Deus sobre si. Veja o que é dito em 2 Coríntios 5:21: “Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus.”, ou seja, Deus fez com que Jesus, o seu filho, levasse os pecados da humanidade sobre ele, então ele sendo justo, tomou sobre si os pecados e com isso nós, que somos pecadores, quando cremos somos feitos justos, ou seja, justificados diante de Deus, declarados justos, não mais somos considerados culpados, pelo contrário, aos olhos de Deus somos puros e santos, alvos mais que a neve.
É bom esclarecer que essa justiça é a que vem mediante a graça, ou seja, o favor de Deus. Ela não foi conquistada por merecimento nosso. Essa justiça que falei tem o sentido de ser visto por Deus como alguém que foi perdoado, que não está mais sob condenação. Não tem o sentido de retribuição por causa de atitudes boas que fazemos. Nesse sentido Deus não está sendo justo com aquele que crê, Ele está sendo gracioso, pois se ele fosse ser justo com os cristãos ele mandaria todos para o inferno, pois é isso que merecemos por causa dos nossos pecados, mas quando cremos em Cristo recebemos o que não merecemos, ou seja, recebemos, como favor, como graça, a salvação de Deus.
Jesus disse que todo aquele que tem fome e sede de justiça é bem-aventurado, ou seja, é uma pessoa feliz, pois essa fome e essa sede serão saciadas. Se você quer ver a justiça de Deus se manifestar na sua vida, se volte para Jesus e seja também um bem-aventurado.
28/04/2012

OBS: Mensagem pregada num culto de domingo na ICG do NM em 17/01/10

domingo, 15 de abril de 2012

A GRANDEZA DO AMOR







Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o sino que ressoa ou como o prato que retine. Ainda que eu tenha o dom de profecia e saiba todos os mistérios e todo o conhecimento, e tenha uma fé capaz de mover montanhas, mas não tiver amor, nada serei. Ainda que eu dê aos pobres tudo o que possuo e entregue o meu corpo para ser queimado, mas não tiver amor, nada disso me valerá. O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca perece; mas as profecias desaparecerão, as línguas cessarão, o conhecimento passará. Pois em parte conhecemos e em parte profetizamos; quando, porém, vier o que é perfeito, o que é imperfeito desaparecerá. Quando eu era menino, falava como menino, pensava como menino e raciocinava como menino. Quando me tornei homem, deixei para trás as coisas de menino. Agora, pois, vemos apenas um reflexo obscuro, como em espelho; mas, então, veremos face a face. Agora conheço em parte; então, conhecerei plenamente, da mesma forma como sou plenamente conhecido. Assim, permanecem agora estes três: a fé, a esperança e o amor. O maior deles, porém, é o amor.” (1 Coríntios 13)
          O amor vem de Deus e nEle nós podemos ver o amor manifestado de todas as maneiras possíveis e de uma maneira linda, grandiosa e maravilhosa. O amor é o sentimento mais fantástico e grande do universo. Mas ele está longe de ser apenas um sentimento, na verdade ele é muito mais do que um sentimento, ele é basicamente um estado de ser, uma característica da natureza que leva a pessoa a agir de uma maneira linda e com motivações corretas em prol principalmente do outro. Vamos ver o que é o amor baseados nesse texto de 1 Coríntios 13.
           Qualquer tipo de fala, seja ela angelical ou humana, se torna vazia de significado como o ressoar do sino ou como o prato que retine, se não tiver amor; pois ele é quem dá sentido ao falar. Quando alguém fala sem amor está jogando palavras ao vento, palavras que nunca vão produzir algo duradouro e verdadeiramente bom, pois lhes faltam o sabor especial do amor para temperar essas palavras para que elas produzam vida. Por isso não se surpreenda se você encontrar por aí pregadores que falam muito e falam bem, mas suas palavras não causam um impacto real e duradouro naqueles que os ouvem. Também não se surpreenda se você encontrar por aí pessoas “falando em línguas”, pessoas bem pentecostais, mas que vivem uma vida desgraçada e hipócrita.
        O amor é a base para o exercício dos dons espirituais, para o serviço cristão. É possível alguém profetizar, ter um conhecimento grande a respeito das coisas de Deus e mesmo assim não ser nada aos olhos de Deus, pois ser usado por Deus não é garantia de estar em comunhão com Ele. Vocês lembram de que Deus usou até uma jumenta para falar com o profeta? Lembram que ele usou Ciro, um imperador incrédulo, para libertar o povo de Israel do cativeiro? Lembram da fala de Jesus sobre aqueles que no último dia dirão “Senhor nós não profetizamos em teu nome, em teu nome não fizemos milagres...”? Lembram do que Jesus dirá a estes? “Afastem-se de mim, vós que praticais a iniquidade.” Muitas vezes Deus usa alguém não por causa do que está sendo usado, mas por causa do que está sendo abençoado com a palavra, com a cura, etc. Conhecer muito sobre Deus também não me garante nada, eu posso ser o melhor teólogo e mesmo assim ir para o inferno. Eu posso ter a maior fé do mundo, fazer grandes milagres e sinais e mesmo assim ser condenado, pois todas essas coisas não tem valor diante de Deus se elas não forem fruto de uma vida que está alicerçada em amor e o tem impregnado na sua natureza e faz tudo motivado por esse amor. Quem não ama usa os dons como meio de se engradecer diante das pessoas, de parecer alguém muito espiritual e atrair os holofotes para si, querendo roubar a glória de Deus.
           O amor também é a base para qualquer boa obra. Não adianta de nada eu ser a pessoa mais caridosa do mundo, dar tudo o que eu tenho aos outros; se eu não fizer isso motivado por amor isso será algo inútil para mim. Alguém pode até se entregar para morrer por Jesus e mesmo assim estar em desobediência a Ele, pois para Deus o que mais importa não é o que você faz, mas o porquê você faz. Ele se importa com o que te motiva a fazer as coisas. E nós precisamos saber que o amor é que deve motivar todas as nossas atitudes como cristãos para que elas sejam aceitas diante de Deus, pois caso contrário, elas serão abomináveis, pois alguém que dá tudo que tem ou morre por Jesus, sem ser por amor, com certeza estava buscando atrair os olhares para si ou então estava pensando apenas em beneficiar a si próprio. Pense nisso toda vez que você for fazer alguma coisa para Deus. Se pergunte assim: Será que estou fazendo assim porque eu amo a Deus e a essas pessoas que eu estou ajudando? Ou será que eu estou apenas pensando no que eu vou lucrar com isso, no benefício que eu vou ter, na honra que os outros vão me dar, nos aplausos que as pessoas vão dar?
          O amor é paciente. Ele leva a pessoa a suportar a dor, o sofrimento, aguardando firmemente a concretização das promessas de Deus, o amor faz você ficar firme como uma rocha, olhando para Jesus, mesmo que o seu corpo esteja sendo destruído a sua alma continua intacta, aguardando a bendita redenção. Quem ama também sabe ter paciência com os outros, compreendendo o trabalhar de Deus na vida deles, assim como da mesma maneira Deus é paciente conosco e não nos rejeita mesmo a gente errando de vez em quando. Precisamos compreender que mudar leva tempo, que ninguém é igual, cada um tem seus defeitos, suas limitações, cada um de nós é um canteiro de obras de Deus, quem ama aprende a acolher mais as pessoas e ajudá-las em vez de sair condenando.
          O amor é bondoso. Quem ama procura sempre fazer o bem aos outros, está sempre interessado no bem-estar das pessoas, em ajudá-las de alguma maneira, não se conforma ao ver alguém sofrendo, não fecha a mão ao necessitado, oferece o ombro para chorar, oferece a vida pelo outro, assim como Cristo ofereceu a dele por nós.
            O amor não inveja. Quem ama não quer ter o que é do outro, pois ele sabe que assim estaria fazendo um mal ao próximo. A inveja leva as pessoas a derrubarem as outras, a destruírem a vida uns dos outros, por causa de uma cobiça maligna, de um desejo infernal de ter o que o outro tem. Quando amamos, ficamos felizes pela felicidade do outro, nos alegramos com ele, ao invés de querem roubar a felicidade dele.
         O amor não se vangloria. A vanglória ou vaidade é horrível, é uma característica de alguém que só tem olhos para si mesmo, que se apaixonou por si mesmo e só vive para si. É alguém que está excessivamente preocupado consigo mesmo e que faz de tudo para se sobressair. Quem ama não é assim, pelo contrário, não é egoísta, individualista, procura ajudar os outros a crescerem, a frutificarem, a prosperarem, não se preocupa demasiadamente com o seu próprio bem-estar.
         O amor não se orgulha. Aquele que se orgulha não conhece o amor, pois quem ama sempre procura se colocar na posição de servo, de alguém que ajuda, que se auxilia e isso sem buscar reconhecimento, apenas pelo prazer de amar, de fazer o bem; quem ama é humilde, não quer honra ou glória para si mesmo, como fez o diabo, quem ama se humilha pois sabe que Deus é quem o exaltará, não busca exaltação humana e dá sempre toda a honra e toda a glória a Deus, pois só Ele é digno.
         O amor não maltrata. Quem ama respeita o próximo, trata-o como ser humano, trata as pessoas como gostaria de ser tratado, da maneira como é tratado por Deus. Quem ama gosta de cuidar dos outros, de prezar pelo bem-estar das pessoas, sente alegria em ver os outros bem. Mesmo quando alguém lhe trata mal, ele trata bem, pois a atitude de quem ama não está condicionada a dos outros, mas ao que ele é em Cristo.
          O amor não procura seus interesses. O egoísmo é uma das maiores características de quem não ama. Quanto mais a pessoa ama, menos egoísta ela será, pois o amor nos leva a ser desprendidos das coisas e até de nós mesmos, quando amamos passamos a nos entregar pelos outros, a viver não apenas para nós mesmos, mas para fazer a vontade de Deus e para servir os outros.
        O amor não se ira facilmente. A mansidão é uma característica de quem ama, quando a pessoa ama, ela trata os outros com brandura, com gentileza, com carinho. A ira usada na hora certa e pelos motivos corretos não é pecado, mas a ira descontrolada é pecaminosa e traz muitos prejuízos, às vezes, irremediáveis.
         O amor não guarda rancor. Quando amamos aprendemos a perdoar, assim como Deus nos amou e perdoou os nossos pecados. Não importa o que alguém faça conosco, nós sempre devemos perdoar, pois a nossa dívida com Deus era muito maior. Guardar rancor só nos faz mal e prejudica muito mais aquele que o guarda, pois o alvo do seu rancor talvez nunca saberá que você tem esses sentimentos ruins.
           O amor não se alegra com a injustiça, mas com a verdade. Tudo o que é correto e justo é apreciado por quem ama e todo tipo de mentira e engano é abominável, assim como é abominável para Deus. O amor faz com que a gente lute por um mundo melhor, mais justo e seja exemplo para os outros de como deve-se proceder como cristão.
        O amor tudo sofre, crê, espera e suporta. Quando amamos nós suportamos qualquer sofrimento para permanecer fiéis a Deus e aos seus ensinamentos, continuamos crendo nele, confiando que suas promessas irão se cumprir, pois Ele é fiel. Por isso esperamos pacientemente, suportando tudo, o dia em que nos encontraremos com o Senhor para poder conhecê-lo plenamente e vê-lo face a face.
          Todos os dons e conhecimentos que temos agora passarão. Eles são úteis nesse momento, mas um dia não precisaremos mais deles, pois estaremos diante do Senhor vivendo uma comunhão íntima com Ele como nunca será possível viver nessa vida, apenas na porvir. Nós desfrutamos da vida eterna agora em parte, mas um dia a desfrutaremos de maneira plena, por isso não será mais necessário línguas, profecia ou qualquer outro dom. Nós veremos Deus face a face, por isso não será mais necessário nenhum conhecimento como o que temos agora, pois nós conheceremos tudo aquilo que será possível de ser conhecido de Deus e, além disso, vivendo em uma comunhão profunda. E onde há comunhão, há amor, é por isso que ele nunca acaba. Ele sempre existiu e sempre existirá enquanto houver Deus, ou seja, eternamente.
      Então, se você é cristão alegre-se, pois o amor que inunda o teu coração agora nunca sairá de ti, pelo contrário, ele irá aumentar mais e mais, vai transbordar na tua vida como uma corrente de águas. E se você não é cristão, volte-se para Jesus para receber desse amor que vai transformar radicalmente a sua maneira de ser e de viver. Que Deus te abençoe muito!!!

14/04/12

OBS: Mensagem pregada, em parte, numa consagração de casais na ICG do NM no dia 14/02/09

domingo, 8 de abril de 2012

A PARÁBOLA DO FILHO PRÓDIGO


“E disse: Um certo homem tinha dois filhos; E o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me pertence. E ele repartiu por eles a fazenda. E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua, e ali desperdiçou os seus bens, vivendo dissolutamente. E, havendo ele gastado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e começou a padecer necessidades. E foi, e chegou-se a um dos cidadãos daquela terra, o qual o mandou para os seus campos, a apascentar porcos. E desejava encher o seu estômago com as bolotas que os porcos comiam, e ninguém lhe dava nada. E, tornando em si, disse: Quantos jornaleiros de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome! Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti; Já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus jornaleiros. E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou. E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e perante ti, e já não sou digno de ser chamado teu filho. Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa; e vesti-lho, e ponde-lhe um anel na mão, e alparcas nos pés; E trazei o bezerro cevado, e matai-o; e comamos, e alegremo-nos; Porque este meu filho estava morto, e reviveu, tinha-se perdido, e foi achado. E começaram a alegrar-se.” (Lucas 15:11-24)


Jesus contou esta parábola (história fictícia) para ilustrar a maneira como Deus trata com a humanidade. Podemos aprender muitas lições com essa estória, não importando se você é cristão ou não, pois ela fala de uma realidade que já foi, ou ainda é, vivida por todos de alguma maneira.
No início da estória vemos que o filho mais moço pediu ao seu pai que lhe desse a parte da herança que pertencia a ele. É interessante que isso mostra que esse filho estava determinado a não viver mais com o seu pai e por isso ele quis algo que normalmente só é dado quando o pai morre, que é a herança; mas ele quis a sua parte mesmo o pai estando ainda vivo, ele não aguentou esperar o pai morrer, tão grande era a sua vontade de sair de casa e se “libertar” do pai. Esse acontecimento reflete bem o que acontece entre as pessoas e Deus. O ser humano decidiu abandonar a Deus e viver em rebeldia quando pecou. Todas as pessoas nascem debaixo de condenação e em rebeldia, é o que afirma o texto de Romanos 3:23, que diz que “todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus”. A atitude de romper o relacionamento não foi de Deus, foi nossa, assim como o caso do filho na estória que lemos. Todos nascem condenados, mas muitos não querem se voltar para Deus, assim como o filho pródigo, querem viver suas vidas de forma independente. É importante observar que viver independente de Deus não significa necessariamente estar fora da “igreja”. Estar numa igreja é importante, pois precisamos viver em comunhão com outros cristãos, mas o fato é que existem muitas pessoas que estão afastadas de Deus mesmo estando dentro da igreja. Elas vivem uma aparência de religiosidade, mas não tem o coração rendido ao Senhor, não vivem uma vida de obediência, não tem prazer nas coisas de Deus, em ler a Bíblia, em orar, em adorar, em servir; vivem no pecado achando que Deus se impressiona com aparência e com obediência de regrinhas religiosas humanas. O pior é que essas pessoas, às vezes, morrem no pecado, distantes de Deus, achando que estavam agradando a Ele. É um triste fim.
O filho pródigo recebeu a sua herança e foi para bem longe do pai. Isso mostra que ele não queria ser supervisionado pelo pai, estar debaixo das suas orientações, ele queria estar o mais longe possível. Muitas pessoas são do mesmo jeito, elas querem ficar longe de Deus, não querem obedecer os seus ensinamentos, andar conforme a sua vontade, elas não gostam nem que alguém fale de Deus para elas, se fosse possível elas esqueceriam que existe um Deus e que Ele tem vontades para nós. O interessante é que muita gente questiona Deus, acusando-o de tê-las abandonado, de não olhar por elas; mas não percebem que tudo vai mal na vida delas porque elas decidiram viver longe de Deus, não querem andar com Ele e estar debaixo da sua autoridade, do seu amor e do seu cuidado.
Além de ir para bem longe do pai, o filho pródigo passou a viver de maneira dissoluta, ou seja, “curtindo” os prazeres do mundo, talvez coisas como: bebedeiras, farras, festas, orgias, prostituições, etc. É o reflexo do mundo de hoje, onde as pessoas vivem uma vida de prazeres pecaminosos, achando que assim estão vivendo a vida, se divertindo, sendo felizes. Se divertir é bom, Deus nos criou para sermos alegres e se divertir, rir, se distrair, etc, isso faz bem a alma, mas o problema é que o diabo distorceu o significado de divertimento, assim como ele fez com muitas outras coisas boas que Deus criou. Ir a uma festa, em si, não é pecado. Jesus foi a uma festa de casamento, ia a jantares também. O problema é que as festas de hoje, na grande maioria das vezes, são momentos de cultivo dos prazeres pecaminosos, são momentos em que as pessoas se embriagam, adulteram, se prostituem (fazem sexo sem compromisso), dançam de maneira sensual, ouvem músicas com letras profanas, sujas, etc. O divertimento da maioria das pessoas é fazer todo tipo de coisas que entristece o coração de Deus, e por que Ele fica triste? Porque Ele sabe que esses comportamentos pecaminosos nos levam para longe dele e nos fazem pessoas piores, pois por exemplo, a embriaguez nos leva a fazer e/ou dizer coisas que não são boas, que prejudicam os outros e a quem se embriaga; as traições destroem famílias, relacionamentos, trazem doenças sexuais, etc; as danças sensuais estimulam o sexo sem compromisso, a traição; as músicas profanas ensinam coisas pecaminosas como se fossem boas e estimulam comportamentos errados e por aí vai. Tudo isso nos faz mal e nos afasta de Deus. Pode até trazer prazer e alegria na hora, mas depois trazem sofrimento e tristeza eternas. Ao cristão não é proibido se divertir, festejar, dançar; embora muitos pensem que é, e infelizmente criou-se uma cultura no meio evangélico de que fazer essas coisas é pecado. Nós, cristãos, podemos nos divertir, só precisamos fazer isso sem se contaminar com o pecado e sem compactuar com a promiscuidade, indo a lugares onde as pessoas se divertem de maneira profana.
O filho pródigo acabou gastando tudo o que tinha e começou a passar necessidades, ele conheceu o fundo do poço. Assim como ele aqueles que se afastam de Deus estão caminhando para o fundo do poço, não estou falando necessariamente no sentido material e/ou emocional, pois, às vezes, a pessoa está longe de Deus, mas é rica e tem tudo o que o dinheiro pode comprar. Às vezes a pessoa não tem Deus, mas vive uma vida relativamente feliz, ela tem amigos, tem uma boa família, um bom emprego, não tem transtornos emocionais sérios, etc. Mas o fundo do poço espiritual é o destino de todo aquele que está longe de Deus, esse estado se caracteriza por uma morte espiritual onde a pessoa não tem comunhão com Deus, não goza de suas bênçãos espirituais, tais como: alegria verdadeira, paz, perdão, amor, habitação do Espírito, etc. Aquele que está longe de Deus terá sempre um vazio existencial, não terá esperança, nem perspectiva de melhora, pois ao olhar para o mundo ele só vê tristeza, dor e injustiça e só em Deus existe a solução para esses problemas, que é o Céu, prometido aqueles que o temem.
Que bom seria se todos, assim como fez o filho pródigo, caíssem em si, percebessem a sua miséria e buscassem a Deus em arrependimento. É preciso tomar uma decisão, perceber que longe de Deus a vida não faz sentido, que o pecado mata, clamar por Ele e pedir que Ele lhe tire do fundo do poço, senão a pessoa chegará a um ponto em que não tem mais volta e só restará a condenação, o afastamento total da presença de Deus para sempre e num lugar de tormento e dor, que é o inferno.
A parte que eu acho mais linda nessa estória é quando o filho volta para casa e encontra o seu pai. O texto dá a entender que o pai esperava ansiosamente a volta do filho, pois o viu de longe e correu para abraçá-lo e perdoá-lo. Ele não o condenou, em vez disso, o recebeu de volta. É maravilhoso porque é exatamente assim que Deus age conosco quando nos voltamos para Ele. O maior desejo de Deus é que a gente volte pra casa, que a gente volte pra ele. Quando isso acontece Deus fica muito feliz e nos recebe com todo o amor, nos envolve em seus abraços e nos dá uma nova vida, cheia de alegria e paz. Deus nos criou para que vivamos em comunhão com Ele, por isso Ele não quer ver ninguém indo para o inferno, Ele não criou o inferno para nós, mas para o diabo e seus anjos. Deus se alegra tanto quando um pecador se arrepende que a Bíblia diz que existe festa no céu toda vez que isso acontece e é exatamente isso que acontece nessa estória do filho pródigo. O seu pai o recebe de volta e lhe providencia a melhor roupa, como símbolo de dignidade; lhe dá um anel, como símbolo de autoridade; lhe dá sandálias, como sinal de liberdade. E então promove uma festa enorme para comemorar a volta do filho. Dê essa alegria para Deus também, volte para casa e viva em comunhão eterna com Ele, você vai ver que esta é a melhor decisão que você poderia tomar. Que Deus te abençoe!

06/04/12

OBS: Mensagem pregada num culto de domingo na ICG do NM em 11/01/09 e num culto de domingo na IESF no dia 15/04/12

sexta-feira, 6 de abril de 2012

A VIDA ABUNDANTE QUE VEM DE DEUS

“Por causa disto me ponho de joelhos perante o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, Do qual toda a família nos céus e na terra toma o nome, Para que, segundo as riquezas da sua glória, vos conceda que sejais corroborados com poder pelo seu Espírito no homem interior; Para que Cristo habite pela fé nos vossos corações; a fim de, estando arraigados e fundados em amor, Poderdes perfeitamente compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade, E conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus. Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera, A esse glória na igreja, por Jesus Cristo, em todas as gerações, para todo o sempre. Amém.” (Efésios 3:14-21)

A vida abundante que Deus tem para dar a todo aquele que crê é algo maravilhoso, sublime, indescritível, mas totalmente acessível; e embora ninguém possa conquistá-la por esforço próprio ela é dada de graça por meio da fé em Jesus Cristo, o Filho de Deus.
Muita gente vive a vida achando que é feliz, mas não tem a mínima idéia de como estão distantes da verdadeira vida. Vou citar um pequeno exemplo para que vocês possam entender melhor: Uma criança que vive em uma favela qualquer aqui no Brasil vive uma vida sofrida, mas dentro do seu contexto ela pode usufruir de um certo grau de felicidade no seu convívio familiar, caso tenha uma boa família; ela pode encontrar alguma felicidade nos amigos, nas brincadeiras com os colegas de escola, etc. Mas se um dia ela se mudar com a sua família para um país desenvolvido como o Canadá, por exemplo, ela vai continuar tendo uma família boa, mas ela vai experimentar um monte de outras coisas que ela nem sabia que existia, mas que vão contribuir sensivelmente para o aumento da sua qualidade de vida e consequentemente da sua felicidade. Ela vai estudar numa escola de qualidade, que vai lhe ensinar coisas que provavelmente ela nunca veria numa escola pública aqui no Brasil, lá ela terá oportunidade de se preparar melhor para a vida na sociedade, para ter um emprego melhor, etc. E lá poderá fazer novos e bons amigos também. Ela vai passar a ter acesso a hospitais de qualidade, ela terá mais segurança para andar nas ruas, ela verá menos desigualdade, menos injustiça social, menos corrupção, etc. Ela terá um emprego melhor no futuro, enfim, ela terá muito mais condições de viver uma vida tranquila e de qualidade. Embora isso tudo, obviamente, não garanta que ela vai ser feliz de verdade, pois a verdadeira vida feliz só se encontra quando se vive com Jesus, pois Ele mesmo afirmou em João 10:10b “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.”
Da mesma maneira muita gente pensa que é feliz, mas isso só acontece porque elas não conhecem a verdadeira vida abundante que vem de Deus, uma vida que vai muito além de bênçãos terrenas, que não tem relação direta com a sua conta bancária, nem com o seu nível social. É uma vida que afeta o estado interior, o “coração”, é uma vida que consiste de bênçãos espirituais que afetam totalmente a sua maneira de ver a vida e te levam a um estado de satisfação, alegria e paz, o qual é totalmente impossível de ser alcançado se não for por meio de Jesus Cristo. Quando a pessoa experimenta isso ela logo percebe como ela era infeliz antes, mesmo pensando que tinha uma vida boa. Ela percebe o quanto perdeu no passado por não ter recebido logo essa vida de Deus e fica até triste por ter demorado tanto para experimentar essa vida abundante.
No texto de Efésios citado acima Paulo faz uma oração linda, de uma profundidade enorme, onde ele pede coisas que fazem parte da vida abundante que Deus quer nos dar. Muito me chama a atenção nessa oração o fato de Paulo não pedir coisas materiais, mas concentrar-se em coisas interiores, em bênçãos espirituais. É muito diferente do que vemos em muitas igrejas de hoje, onde a ênfase está em pedir coisas materiais, tais como: casa, carro, emprego, crescimento profissional, cura, ganho de causa na justiça, etc. Se observarmos as cartas de Paulo, veremos que não apenas nessa carta aos efésios, mas em todas; Paulo sempre pediu por coisas espirituais, por bênçãos que tinham por objetivo produzir crescimento espiritual e maior intimidade com Deus. Que bom seria se os cristãos de hoje aprendessem com esse exemplo. Vamos observar agora o conteúdo dessa oração para saber em que consiste a vida abundante de Deus.
No versículo 16 Ele pede para que sejamos “corroborados com poder pelo seu Espírito no homem interior”. Corroborados” significa fortalecidos. Uma das grandes bênçãos que Deus tem para nós é derramar do seu poder sobre as nossas vidas de uma maneira abundante. Mas esse poder, diferentemente do que muitos pensam, não é para alimentar a nossa vaidade e para ser exibido como um sinal de espiritualidade, para nos vangloriarmos diante dos outros “fracos” que não tem o poder que temos. O poder de Deus vem sobre nós quando cremos no Seu Filho e vem primeiramente para nos transformar, é por meio desse poder que somos santificados, que somos transformados em novas pessoas, que somos refeitos conforme a imagem de Deus. É por isso que Jesus disse em Atos 1:8a: “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo,”. O Espírito de Deus é que nos concede o poder de Deus. Recebemos o Espírito quando nos convertemos e desde então Ele começa a agir em nós e mesmo sem perceber nós vamos sendo elevados a um outro patamar de vida, pois o Espírito vai nos levando a buscar as coisas de Deus, a ler a Bíblia, a orar, a adorar, a servir, a amar, etc. Ele vai nos levando para longe do pecado e colocando em nós o desejo de ser puro, de ser santo, de ser parecido com Deus. Ele vai nos libertando do poder do pecado e nos fazendo novas criaturas, semelhantes a Cristo. Esse poder de Deus agindo em nós vai produzindo vida, vai nos dando uma nova visão, um novo jeito de ser e de viver. O Espírito, obviamente, também derrama poder sobre nós para fazermos a obra que Deus nos tem confiado, para pregar o evangelho, para curar enfermos, para expulsar demônios, para servir as pessoas, enfim, Ele nos concede capacidade para sermos instrumentos de Deus e glorificarmos o Seu nome nessa terra, sendo testemunhas de Jesus para que outros venham conhecer a vida de Deus.
No versículo 17 ele diz: “Para que Cristo habite pela fé nos vossos corações”. Este é o grande desejo de Deus para a humanidade, é o propósito principal de Jesus ter vindo ao mundo. Ter Cristo habitando em nós traz uma mudança radical em nossas vidas, pois quando isso acontece nós vamos sendo moldados a cada dia conforme a imagem dele, nós vamos deixando de ser tão pecadores e vamos nos tornando mais santos. O nosso “eu” vai morrendo e vai surgindo um novo caráter renovado e puro. Isso é a essência do que é ser cristão, é passar a ver o mundo como Jesus vê, amar o que Ele ama, odiar o que Ele odeia (o pecado), ser amigo de quem Ele é amigo, ser inimigo de quem Ele é inimigo (do mundo, do diabo), se compadecer de quem Ele se compadece, se revoltar com o que Ele se revolta, agir como Ele age, pensar como Ele pensa, se doar como Ele se doou, servir como Ele serviu, sentir como Ele sente; de tal maneira que quem olhar para nós vai ver Ele e não nós. Isso é ter Cristo no coração, é como Paulo disse no livro de Gálatas “já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim.” Ter Jesus no coração é deixar Ele ter o controle total sobre nós, assim seremos verdadeiros cristãos e experimentaremos a verdadeira vida.
No versículo 17 Ele também diz: “estando arraigados e fundados em amor”. O amor é a grande marca do verdadeiro cristão, o amor que vem de Deus, que nos leva a servir, a se doar, a perdoar, a ajudar os outros; sem esperar receber nada em troca, apenas pela satisfação de ver as pessoas felizes, sendo abençoadas. É um amor que não consiste apenas em palavras, mas que se manifesta por meio de atitudes concretas. Quem não ama não sabe o que é viver, pois o amor é que dá sentido à vida, que a torna bela. Deus nos ama e deseja que sejamos parecidos com Ele, pois assim como Ele se doou por nós Ele quer que a gente dê a nossa vida uns pelos outros. Muitos são cristãos apenas de nome, só estão interessados em si mesmos, só olham para o próprio umbigo, tudo que fazem é pensando em si mesmos e até quando oram só pensam em si mesmos. Amar traz sofrimento, pois quando amamos corremos o risco de ser rejeitados e até ofendidos, humilhados, como foi Jesus. Mas somente aquele que ama vai experimentar a vida abundante de Deus, pois a comunhão com Ele é apenas para os seus filhos, que são aqueles que vivem em amor, que se identificam com Jesus, que vivem como Ele viveu quando esteve aqui.
No versículo 18 Paulo diz: “Poderdes perfeitamente compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade.” Ele está falando aqui sobre conhecer a Deus. O Senhor nos salvou para isso, para que vivamos um relacionamento de profunda comunhão com Ele, de intimidade, de amizade verdadeira. Ele deseja isso muito mais do que podemos imaginar, Ele deseja isso mais do que a gente deseja, pode ter certeza disso. Veja o “esforço” que Ele fez para que hoje tivéssemos comunhão com Ele, veja o quanto Jesus sofreu para que tivéssemos acesso a Deus novamente. Ele quer que andemos junto dele dia após dia, amando-o, conversando com Ele, abraçando-o pela fé, sentindo o seu amor, o seu cuidado por nós, sendo consolados, ajudados. Isso é que é vida de verdade!!! Não existe nada mais prazeroso do que isso, nada traz tanta paz, alegria, felicidade, como essa gostosa comunhão com Deus. Ele nos criou para isso e se não tivermos isso nunca poderemos saber o que é viver uma vida abundante! Cultive uma vida de amizade com Deus, ore frequentemente, não só no quarto, mas em qualquer lugar que você estiver, no ônibus, na rua, no trabalho; tire tempo para meditar na Palavra de Deus, sempre que puder leia a Bíblia, estude-a; através dela conhecemos quem Deus é, quem nós somos, qual a sua vontade para nós, o que lhe agrada, suas promessas, etc. Conheça-o, não apenas de ouvir falar, mas de experimentá-lo, de senti-lo, de andar com Ele. Você vai ver que a sua vida nunca mais será a mesma.
Conforme Paulo disse no versículo 19, o objetivo disso tudo é “para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus.” Ou seja, para que Deus viva de maneira plena em nós e assim a gente experimente uma vida abundante de verdade. Meu desejo e minha oração é que você experimente tudo o que foi dito aqui e muito mais, que a oração de Paulo seja respondida na sua vida e que você venha a viver uma vida abundante e plena na presença de Deus e dos irmãos para sempre, Amém!!!

05/04/12

OBS: Mensagem pregada na IB do J2 (atual ICG) num culto de oração no dia 06/02/07.

domingo, 1 de abril de 2012

A GRAÇA MARAVILHOSA DE DEUS


“Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens. Ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, e justa, e piamente.” (Tito 2:11-12)

A graça de Deus é um dom, um presente que é dado por Deus a todo aquele que crê em Cristo, que deseja voluntariamente recebê-la. Há algumas coisas importantes sobre a graça que precisamos entender. Falarei agora sobre algumas delas.
A graça de Deus se manifestou a todas as pessoas, como foi citado no versículo acima, mas nem todos desfrutam dela. Jesus veio ao mundo “cheio de graça e de verdade”, como é dito em João 1:14. Ele é a encarnação da graça de Deus, nele se manifesta toda a bondade, amor, compaixão, vida, pois Ele é Deus e o fato dele ter vindo ao mundo foi um verdadeiro presente para a humanidade, foi uma maneira de Deus dizer: “Eu amo vocês e estou fazendo tudo por vocês, para que vocês sejam salvos. Estou presenteando vocês com todas as bênçãos do meu Reino para que vocês, livres do pecado, tenham vida de verdade”. Mas por que nem todos desfrutam dela? Será que Deus não quer? Obviamente não. O problema é que as pessoas não têm noção do tamanho do presente de Deus para elas e simplesmente rejeitam, por mais absurdo que pareça para quem sabe o valor do presente.
Assisti a um documentário sobre uns americanos que foram feitos prisioneiros de guerra em um campo de concentração nazista. Foi mostrado que eles foram submetidos a trabalhos forçados durante uns dois meses, recebendo muito pouca alimentação, debaixo de tortura, sem ter direito a nenhuma higiene, alojados em locais sujos, feito animais. Muitos morreram devido ao desgaste do trabalho, por causa de enfermidades ou assassinados pelos alemães. Eles viam os corpos dos amigos empilhados em frente ao alojamento onde estavam, sentiam tanta fome que alguns chegaram a comer piolhos e a buscar sementes no meio de esterco. Depois de dois meses os alemães perceberam que o exército americano se aproximava e mandou os prisioneiros saírem andando do acampamento, sem rumo, numa espécie de marcha fúnebre, levados para longe pelos soldados alemães. Durante a “marcha” alguns se cansavam e eram assassinados, os outros caminhavam exaustos sem saber para onde e com medo de morrer. Depois de um bom tempo os prisioneiros viram que os soldados alemães estavam se dispersando e eles começaram a ouvir barulhos de tanques se aproximando, era o exército americano que vinha para resgatá-los. Eles disseram no documentário que foi o dia mais feliz de suas vidas, quando viram aqueles tanques americanos e os soldados vindo libertá-los. Imagine a alegria desses homens. Imagine como você se sentiria se estivesse lá. É uma alegria indizível, poder alcançar uma liberdade dessas depois de tanta dor. O interessante é que Deus está nos oferecendo uma liberdade muito maior do que qualquer liberdade física que alguém já possa ter alcançado. Ele está nos oferecendo uma liberdade espiritual e eterna, maravilhosa e sublime; mas mesmo assim as pessoas estão rejeitando como se fosse um pirulito que alguém está oferecendo a elas na rua. É incrível, é triste, é doloroso ver as pessoas rejeitarem tão grande salvação.
Qualquer pessoa adoraria ser libertada de uma prisão, mas não querem ser libertadas da prisão que aprisiona o espírito e que se chama pecado. Adorariam ganhar um prêmio na mega-sena, mas não querem ganhar o Céu por herança. Adorariam encontrar alguém especial para se relacionar, mas não querem viver um relacionamento de amizade e amor com o Deus que os criou. A salvação, fruto da graça de Deus, está sendo oferecida às pessoas todos os dias e a maioria não está nem aí. Um dia, porém, se lamentarão profundamente por terem rejeitado um presente tão maravilhoso. Um presente que é de graça para nós, mas para Jesus conquistá-lo para nós Ele teve que pagar um alto preço, Ele teve que morrer de maneira horrível em nosso lugar, levar sobre si o pecado de nós todos e ser alvo da ira de Deus, sendo abandonado na cruz, sofrendo assim a justa punição que nosso pecado requeria.
A graça de Deus é oferecida a nós sem que haja merecimento algum da nossa parte, veja o que está dito no livro de Efésios 2:7-9: “Para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça pela sua benignidade para conosco em Cristo Jesus. Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie”. Não houve nada que houvéssemos feito para merecê-la. A graça de Deus é fruto da bondade dele. Também não precisa você pagar por ela, não precisa fazer esforço algum para conquistá-la, se fosse assim não seria mais graça, seria uma retribuição por um trabalho. Todas as religiões se baseiam numa troca, onde a pessoa se esforça para supostamente receber a salvação de Deus, mas no Reino de Deus, no caminho do evangelho, não é assim; todo o esforço e preço já foi pago por Deus na cruz, em Cristo, e a nós só nos resta querer ou não ser participante da graça do Senhor. Infelizmente nós vemos pessoas que por falta de entendimento pagam penitências, sobem escadas de joelho, caminham quilômetros com uma cruz nas costas; achando que com isso alcançarão o favor de Deus, mas não sabem que Deus espera apenas uma coisa: que elas creiam no Seu filho Jesus. Fazer esforços no sentido de querer obter a graça de Deus é blasfêmia, é querer tirar os méritos de Cristo, é dizer que a morte dele não valeu de nada e que ainda é preciso fazer algo mais.
É importante compreender também que quem vive pela graça de Deus não precisa viver se culpando. Para algumas pessoas é difícil entender que não merecemos a graça, elas querem merecer a salvação, o perdão, etc; pois ainda estão impregnadas de paganismo no coração. Por isso, então, elas acham que não foram perdoadas. Não conseguem entender como Deus pode tê-las perdoado por tanta coisa ruim que fizeram. Mas é assim mesmo, a Bíblia diz que quando somos perdoados Deus lança os nossos pecados no mar do esquecimento, é uma maneira de dizer que Ele não vai nos cobrar pelo que já perdoou. Vejamos o exemplo do ladrão na cruz, que tinha vivido uma vida de pecado e mesmo ali na cruz ele chegou a blasfemar de Jesus, mas depois quando se arrependeu e pediu para que Jesus se lembrasse dele, o Senhor prometeu que naquele mesmo dia ele estaria com ele no paraíso. Então, perdoe a si mesmo, pois se você já pediu perdão a Deus com certeza Ele já te perdoou e te fez uma nova criatura e tudo se fez novo.
É maravilhoso também o fato de que não importa o quanto você pecou, nem a gravidade do seu pecado; se você se voltar para Deus Ele perdoará todos os seus pecados, pois a graça de Deus é superabundante, veja o que diz o texto de Romanos 5:20: “Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça”. Para algumas pessoas isso parece um absurdo, pois a mentalidade delas é de justiça, de merecimento. Elas acham que Deus tem que ser justo conosco, mas a grande questão é justamente essa: se Deus não manifestar a sua graça em nossas vidas e resolver agir com justiça não vai ninguém para o Céu, pois todos nós merecemos ir é para o inferno, pois todos somos pecadores. Por isso é necessário Deus ser gracioso conosco para obtermos a salvação. Logo, não importa se você passou a vida toda pecando, se você se arrepender e crer no Senhor Jesus você será salvo, a graça de Deus manifestada em nossas vidas é proporcional ao nosso pecado, quanto mais pecado mais graça manifestada.
Isso não significa, por outro lado, que a gente deve sair pecando à vontade para receber mais graça de Deus em nossas vidas. A Bíblia afirma claramente que a graça não estimula ninguém a pecar, muito pelo contrário, veja o que ela diz em Romanos 6:1,15: “Que diremos pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça abunde? Pois que? Pecaremos porque não estamos debaixo da lei, mas debaixo da graça? De modo nenhum”. Quem é alcançado pela graça de Deus e passa a viver em comunhão com Ele não vive no pecado, pois a pessoa é transformada e passa a viver para agradar o Senhor, para glorificar o Seu nome e o pecado se torna algo repugnante, algo indesejável. O verdadeiro cristão não tem prazer em viver na prática do pecado. Se alguém se diz discípulo de Cristo, mas vive no pecado; com certeza nunca teve um encontro verdadeiro com Jesus, vive apenas uma religiosidade hipócrita e vazia.
A graça de Deus não consiste apenas em “receber bênçãos”. Dar, servir e sofrer também é graça de Deus. Quando ajudamos alguém, seja financeiramente, emocionalmente ou espiritualmente; estamos sendo alvos da graça de Deus, pois estamos recebendo de Deus a oportunidade maravilhosa de manifestar o seu amor que foi derramado em nossos corações. Muita gente pensa que sofrer por Jesus não é graça de Deus, mas quando sofremos por amor ao Senhor estamos tendo o privilégio dado por Deus de glorificar ao Senhor por meio do que sofremos, estamos nos parecendo com Jesus, que sofreu por nós e com certeza receberemos grande recompensa por termos permanecido fiéis ao Senhor em meio as perseguições.
Toda a vida do cristão é pela graça de Deus. Tudo o que recebemos, o que fazemos, o que somos, o que damos; tudo é fruto da graça de Deus em nossas vidas, pois nós não merecemos nada de Deus, mas Ele, que é rico em misericórdia, graça e amor; nos abençoa com toda a sorte de bênçãos e faz maravilhas em nossas vidas e ainda nos concede a vida por vir quando do Céu se manifestar Jesus com todos os seus anjos para nos levar para a glória do Céu. Louvado seja o Senhor pela sua maravilhosa e superabundante graça!!!

31/03/12

OBS: Mensagem pregada na IB do NM (atual ICG) num culto de domingo no dia 04/02/07 e na IB do VF no dia 13/07/07