quinta-feira, 27 de junho de 2013

RELACIONAMENTO ENTRE PAI E FILHO

         Esse texto baseia-se na História de Davi e Absalão, seu filho. O que podemos aprender com essa triste História?
         Davi não assumiu suas responsabilidades de pai. Ele não era um amigo chegado de seu filho Absalão (2 Sm 13:3-4,19-20). Talvez era assim pelo fato de Davi ser rei e por isso ser muito ocupado e também por ter muitos filhos para dividir a atenção, o que obviamente não justifica o erro de Davi. Os pais precisam ser os melhores amigos dos filhos, ter tempo para eles, para compartilhar experiências de vida, amor, carinho, etc. Isso tem que ser cultivado desde quando os filhos são crianças.
        Davi não confrontava, nem disciplinava seus filhos. Amnom, filho de Davi, estuprou a própria irmã, Tamar; mas não sofreu nenhuma punição, nem sequer uma repreensão (2 Sm 13:14,21). 
          Davi percebia o ódio de Absalão por causa do estupro de sua irmã, mas também não confrontou a este (2 Sm 13:26-27). Preferiu usar seus filhos como escudo, esperando assim que Absalão não fizesse nada com seu irmão Amnom. Davi era capaz de matar gigantes, mas não sabia confrontar seus filhos.
          Davi, talvez, se sentia culpado por seu passado e achava que não tinha autoridade para disciplinar seus filhos, que cometeram pecados iguais aos seus.
          Disciplinar, corrigir é um ato de amor. Faça isso com os seus filhos desde crianças para que eles não se tornem delinquentes que acham que podem fazer tudo o que querem e que ninguém pode falar nada com eles.
          Davi não sabia demonstrar amor, ele era indiferente. Absalão passou três anos fora de Jerusalém, em Gesur (2 Sm 13:38). Quando voltou para Jerusalém, para perto do pai, ficou dois anos sem ver a face do mesmo, pois Davi o ignorou (2 Sm 14:23-24,28). E quando finalmente se encontraram Davi só deu um beijo em Absalão, ao que tudo indica foi algo frio e sem vida (2 Sm 14:32-33). Se coloque no lugar de Absalão e imagine: cinco anos longe do pai por ter assassinado o próprio irmão e Davi só lhe deu um beijinho e nada mais, nenhuma palavra, nenhuma repreensão, indiferença grande. Como você se sentiria? Acredito que Absalão preferia ter sido punido duramente do que ser tratado com indiferença. Davi só demonstrou amor depois da morte do filho (2 Sm 18:32-33). 
          Demonstre sempre o quanto você ama seu filho. Diga que o ama, abrace-o, se importe com ele, não importando o que ele é ou faz!
           Absalão, por outro lado, não soube administrar suas crises. Ele deixou a revolta, a mágoa e o ódio se instalarem no seu coração.
           É preciso entender que os filhos não estão predestinados a cometer os mesmos pecados dos pais. Absalão poderia ter vivido de maneira diferente, ao invés de cometer assassinato, assim como fez Davi, seu pai, num momento de insensatez.
           Você, filho, não se deixe influenciar por tudo o que fizeram de ruim com você. Lembre-se de que, no fim, a escolha é sempre sua. Não coloque a culpa dos seus atos nos outros.

27/06/2013

OBS: Mensagem pregada num culto de domingo na IESF do J3 no dia 25/11/2012.     

domingo, 23 de junho de 2013

BEM-AVENTURADOS OS QUE CHORAM

         Jesus fala que aqueles que têm a sensibilidade de chorar são muito felizes (Mt 5:4), mas por que eles choram? O choro aqui significa lamentação profunda por algo, não apenas derramar lágrimas.
         Essas pessoas são aqueles que choram por causa dos seus próprios pecados (2 Co 7:10). Que reconheceram que são pecadoras e lamentam por terem entristecido a Deus, mas o bom é que o choro transforma-se em alegria, pois esta faz parte do fruto do Espírito.
          Por outro lado, os pecadores não-regenerados, riem dos seus pecados, vivem pecando e se orgulham disso, muitas vezes, não se arrependem. Para estes só há duas opções: Ou se arrependem verdadeiramente (Tg 4:9-10) ou então aproveitem para rir o máximo que puderem, enquanto isso é possível, pois a lamentação que virá depois do julgamento que está por vir será eterna e irreverssível (Lc 6:25b).
            Os que choram também o fazem pelos pecados dos outros (Jr 9:1). Eles lamentam porque sabem o triste fim que recebe quem vive no pecado.
            Eles choram também por causa dos seus sofrimentos (Sl 30:5). Jesus disse que os discípulos sofreriam aflições, mas Ele nos enviou o Consolador, que nos dá alívio todos os dias.
            Eles choram também por causa do sofrimento dos outros (Rm 12:15). O discípulo de Jesus é compassivo, ele vê a dor do outro e se comove.
            No texto de Mateus 5:4 há uma promessa de consolo para os que choram e embora esse consolo venha em parte agora, o grande consolo de Deus ainda está por vir (Ap 21:1-5).

23/06/2013

OBS: Mensagem pregada num culto de domingo na ICG do NM em 22/11/2009.     

sábado, 22 de junho de 2013

O LOUVOR A DEUS DURANTE A HISTÓRIA DA IGREJA

         1) Período patrístico (dos pais da igreja): No século 3 começou a haver discordâncias sobre o uso de hinos que não fossem salmos e sobre o uso de instrumentos e vozes ensaiadas no culto. No concílio de Laodicéia, em 364 d.C, ficou decidido que só os salmos deveriam ser cantados e isso por cantores designados para isso. Depois o bispo Gregório (540-604 d.C) instituiu o canto gregoriano, sem instrumentos e sem leigos cantando. O louvor passou a ser assistido pela igreja, se tornou uma apresentação para o resto da igreja.
         2) Perído medieval: Instrumentos banidos e o único canto considerado aceito para Deus era o gregoriano.
          3) Período da reforma: Lutero incentivou os hinos, ele mesmo compôs alguns, como por exemplo o hino Castelo Forte. Calvino incentivava o cântico congregacional, mas não os hinos cantados e/ou feitos por pessoas comuns. Incentivava também o uso de instrumentos e divisão de vozes no louvor. Em 1866 a Igreja Presbiteriana do Brasil aprovou o uso do órgão.
         4) Período pós-reforma: Os morávios introduziram violinos e instrumentos de sopro no louvor. Houve composição de muitos hinos. O uso de instrumentos ainda causava muita polêmica, principalmente entre batistas e presbiterianos.
         5) Período moderno: Em 1879 o Exército da salvação instituiu palmas, pandeiros, tambores, metais e "aleluia" nos cultos. Mas ainda há muita polêmica a respeito de como deve ser o louvor na igreja. Muitas igrejas demoraram muito para aceitar instrumentos na igreja que não fossem o velho órgão clássico, achavam que eram instrumentos do diabo. Muitas igrejas também demoraram a aceitar que músicas de louvor que não sejam do hinário oficial podem ser usadas para louvor a Deus. Ainda hoje muitas igrejas rejeitam alguns ritmos musicais, achando que são malignos.  

22/06/2013

OBS: Mensagem pregada numa reunião de consagração do ministério de louvor da IESF do J3 no dia 11/11/2012. 

O LOUVOR A DEUS NOS TEMPOS BÍBLICOS

         Sabemos que Deus criou a música (Jó 38:7), mas a primeira referência bíblica sobre música com instrumentos é Gn 4:21, falando de Jubal, descendente de Caim.
         A adoração com cânticos começou cedo (Ex 15:1-21), inclusive com instrumentos e danças. Em Dt 31:19-22 e em Dt 32 Moisés deixa registrado um cântico para o povo.
         No Pentateuco não se fala de adoração com música no tabernáculo, exceto pelo uso da trombeta e do shofar convocando o povo à adoração (Lv 23:24; 25:9).
         Em 2 Sm 6:5,14-15 vemos uma expressão de adoração com instrumentos e danças.
          Davi instituiu músicos da tribo de Levi para adorar no tabernáculo (1 Cr 6:31-32; 15:16-26). A adoração era constante (1 Cr 9:33; 1 Cr 25) e por pessoas reservadas para isso. 
         O louvor de coração agrada a Deus (2 Cr 5:12-14).
          Deus foi quem ordenou a adoração com música (2 Cr 29:25-27).
         Vemos também na Bíblia os salmos, que são orações que eram cantadas, que estimulam o uso de instrumentos (Sl 150) e eram usados na adoração no templo.
          No Novo Testamento temos Jesus como sempre dando o exemplo em Mt 26:30.
          No livro de Atos vemos o exemplo de Paulo e Silas na prisão (At 16:25).
         O próprio Paulo fala sobre os cânticos na igreja. Havia espaço para o louvor no culto da igreja primitiva (1 Co 14:26). Os primeiros discípulos de Jesus usavam salmos e cânticos dirigidos pelo Espírito na adoração (1 Co 14:15; Ef 5:19; Cl 3:16; Tg 5:13). No início a igreja se inspirou muito no culto da sinagoga judaica, onde os salmos eram cantados.
          Vários textos são considerados pelos historiadores hinos cristãos primitivos (Ef 5:14; Fp 2:6-11; Cl 1:15-20; 1 Tm 3:16). Entre esses também estão: Lc 1:30-33,46-55,68-80; 2:14,29-32; 19:38; Ap 4:8,11; 11:17-18; 14:7). 

22/06/2013

OBS: Mensagem pregada numa reunião de consagração do ministério de louvor da IESF do J3 no dia 11/11/2012.      

quarta-feira, 19 de junho de 2013

MENSAGEM EXPOSITIVA SOBRE 1 CORÍNTIOS 16

         Uma grande coleta de recursos envolvendo as igrejas da Galácia e da Macedônia estava sendo realizada (At 24:17; 1 Co 16:1; 2 Co 9:1-4) com o objetivo de socorrer a igreja de Jerusalém por causa da perseguição a da fome (At 8:1,11:28; Rm 15:25-26).
         Em 1 Co 16:2 temos uma prova de que a igreja já tinha o costume de reunir-se aos domingos para cultuar a Deus.
        Mostrando zelo e organização Paulo dá instruções sobre como seria levada a oferta a Jerusalém (1 Co 16:3-4). Ver também At 20:3-6 e 2 Co 8:16-21.
         Em 1 Co 16:5-9 Paulo anuncia seu plano de ir a Corinto. Ver também At 20:1-3.
          Em 1 Co 16:8 vemos que Paulo estava em Éfeso quando escreveu 1 Coríntios.
         Timóteo foi enviado primeiro a Corinto (1 Co 16:10-11). Ver também At 19:22 e 1 Co 4:17. Paulo tinha receio de que Timóteo não fosse bem recebido, talvez por causa de sua mocidade e/ou sua timidez.
           Em 1 Co 16:12 Paulo esclarece porque Apolo não iria a Corinto.
         Em 1 Co 16:13-14 Paulo dá algumas orientações sobre como deveria ser a conduta deles como discípulos de Cristo.
             Em 1 Co 16:15-18 Paulo fala da alegria que a visita de alguns irmãos tinha lhe proporcionado.
          Em 1 Co 16:19-24 encontra-se a saudação final.

19/06/2013

OBS: Mensagem pregada na escola bíblica da IESF do J3 no dia 30/10/2012.    

sábado, 15 de junho de 2013

FAMÍLIAS EM GUERRA

         Nós estamos no meio de uma guerra. Não é contra pessoas que queiram destruir nossos casamentos ou contra o nosso marido ou esposa, mas sim contra o diabo e seus demônios (Ef 6:12). 
          O diabo tem atacado as famílias de várias maneiras. Ele tem procurado destruir o conceito do que é família através de práticas como essas: machismo, feminismo, homossexualismo, adultério, divórcio, libertinagem, drogas, marginalidade, sexo sem compromisso, roubo da inocência das crianças, etc.
          Ele também tem atacado diretamente as famílias tentando causar qualquer tipo de destruição no lar.
          O que devemos fazer? Como vencer essa guerra? (Ef 6:10-11)
          O diabo procura uma brecha para conseguir nos atacar (1 Pe 5:8-9a). Não adianta repreender, expulsar, amarrar ou queimar o diabo em oração se a família não procurar se revestir da armadura de Deus para resistir-lhe, tampando assim as brechas no seu lar.
          Vejam alguns exemplos de brechas que as famílias costumam abrir: falta de perdão, desrespeito, violência verbal, emocional ou física, falta de instrução aos filhos, falta de sabedoria no falar, no agir, etc.
            Não adianta decretar vitória, profetizar, determinar, etc. Palavras mágicas não resolvem o problema da falta de obediência a Deus, que é a causa da derrota familiar.
           Para vencer essa guerra devemos nos revestir da armadura de Deus!!! (Ef 6:13). Vejamos os componentes dessa armadura.
        1) O cinto da verdade (Ef 6:14a): A verdade precisa ser parte fundamental de nós. Precisamos ser verdadeiros com o cônjuge a respeito de nossos sentimentos e pensamentos e não viver enganando o outro.
          2) A couraça da justiça (Ef 6:14b): Devemos viver de maneira justa, reta, em santidade, sendo fiel para com o outro.
           3) As sandálias do evangelho da paz (Ef 6:15): A paz de Cristo precisa encher as nossas casas, ao invés das brigas, acusações e divórcio.
           4) O escudo da fé (Ef 6:16): Creia que Deus vai dar vitória a vocês, que o inimigo não vai prevalecer, prejudicando sua família ou até mesmo levando-os a uma separação.
            5) O capacete da salvação (Ef 6:17a): Sejam salvos, verdadeiros discípulos de Jesus, que o amam e o seguem de todo o coração.
         6) A espada do Espírito (Ef 6:17b): Meditem na Palavra de Deus, obedeçam-na, sejam cheios do conhecimento de Deus.
             Façam tudo isso e não se esqueçam de orar e vigiar constantemente (Ef 6:18).
          Se vistam dessa armadura e vocês vão ver que o diabo não vai prevalecer nos seus lares. Vocês serão abençoados e serão uma bênção para outras famílias!

15/06/2013

OBS: Mensagem pregada num culto de domingo (primeiro culto da família realizado depois que assumimos o ministério da família) na IESF do J3 no dia  28/10/2012 e num culto de domingo na ICBM próxima ao terminal do AB no dia 25/08/2013.    
              

terça-feira, 11 de junho de 2013

A ORAÇÃO QUE AGRADA AO SENHOR

         Muita gente ora, mas será que toda oração agrada a Deus. Como devemos orar? Que motivação devemos ter? (Pv 15:8).
         Orar é se relacionar com Deus, este deve ser o propósito principal da oração. Não é pedir, conquistar ou coisas assim. Devemos ir a Deus em oração principalmente para ter uma amizade com Ele. (Mt 6:9b).
        Quando for orar fale com Deus com espontaneidade, leveza, como se fala com um Pai, com um amigo íntimo (Jo 15:15).
          Infelizmente, existem pessoas que só pensam em Deus como um ser que está longe, o Todo-poderoso, mas inacessível e pronto para fulminá-lo ao menor sinal de deslize.
         Quando for orar deixe as formalidades de lado, abra seu coração, confesse seus pecados, fale como está se sentindo, pergunte a opinião dEle a respeito de algo, desabafe, chore, ou seja, aja naturalmente, vendo-o como um amigo.
           Se aproxime dEle pelo prazer da Sua companhia, não apenas pelo que Ele pode lhe dar. Já imaginou um relacionamento entre um pai e um filho onde o filho só se aproxima para pedir coisas? É uma triste realidade em muitas famílias e no relacionamento de muitas pessoas com Deus.
           Procure ouvir Deus enquanto ora, contemplá-lo, não seja como uma "metralhadora de palavras", falando sem parar (Mt 6:7; Ec 5:2).
           Não devemos ver a oração como um meio de barganhar com Deus, ou seja, pensando assim: "Eu sacrifico, cumpro minha obrigação e Deus tem que me dar o que eu quero"). Deus não é um ídolo ou um Deus relutante, que nós temos que convencer a nos abençoar.
          Muitas pessoas fazem na igreja o mesmo que se faz na macumba: Seguem correntes, levam fotos, roupas, dão ofertas com o intuito de "dobrar" Deus, etc (Mt 6:7). Muitos jejuam ou dobram os joelhos como se isso fosse um meio de convencer Deus de que Ele tem que dar o que a gente quer. Outros usam palavras bonitas, gritos, etc, pois acham que só assim serão ouvidos. A oração não é para dobrar Deus, nós temos que saber que Ele nos abençoa porque é gracioso e não porque fizemos por merecer. Não estou querendo dizer que a oração não tem poder de mudar situações. Deus espera que oremos e muitas vezes Ele muda situações por causa das nossas orações. O que é errado é achar que podemos manipulá-lo conforme a nossa vontade, precisamos entender que ao orarmos Deus é soberano para atender minha oração ou não e que se Ele me der algo foi porque Ele quis e não porque eu mereci ou porque eu consegui convencê-lo a me dar algo. Ninguém convence Deus a dar-lhe algo, como se Deus não soubesse o que é melhor para nós e a gente precisasse argumentar mostrando que Ele deve nos dar o que pedimos (Tem gente que acha que foi isso que aconteceu na História de Moisés com Deus). Deus já tem a Sua vontade estabelecida desde a eternidade para nós, Ele apenas deseja nos ouvir pedindo a Ele, mostrando que confiamos nEle.
           Também não é errado perseverar num pedido em oração, isso mostra que dependemos dEle e confiamos nEle para nos dar vitória. Mas precisamos entender que o segredo é a graça, não o nosso esforço. Recebemos tudo por graça de Deus, porque Ele é bom.
           Por tudo isso devemos nos colocar diante de Deus em humildade em vez de determinar, decretar, profetizar, etc (Mt 6:10; Lc 22:42; Jo 15:16b; 1 Jo 5:14b). 
          Não se concentre em pedir bens materiais, mas em orar buscando o Reino de Deus (Mt 6:33). O Reino de Deus consiste em coisas espirituais, que Ele está dando e/ou fazendo em você e através de você (Rm 14:17).
           Deus deseja que você tire o foco do que é material e coloque no que é espiritual, que é muito mais importante. 
          Não se esqueça: Orar é uma conversa entre amigos, entre Pai e filho, entre pessoas que se amam e gostam de estar juntas.

11/06/2013

OBS: Mensagem pregada num culto de doutrina na IESF do J3 no dia 03/11/2011.         
          
 

sexta-feira, 7 de junho de 2013

COMENTÁRIO SOBRE O LIVRO DE MIQUÉIAS

         O nome Miquéias significa: "Quem é como Javé?". Ele era da cidade de Moresete, localizada perto de Gate, nos sopés das colinas de Judá.
         Miquéias pregou durante os reinados de Jotão (750-735 a.C), Acaz (735-715 a.C) e Ezequias (715-686 a.C). Foi o período de expansão e domínio assírio no antigo Oriente próximo.
          Nessa época, Acaz se aliou com a Assíria e instituiu culto idólatra em Jerusalém. Ezequias, porém, se revoltou contra a Assíria e Jerusalém quase foi invadida, foi poupada milagrosamente. Nessa época havia um contraste muito grande entre ricos e pobres, muita opressão e injustiça por parte dos ricos, que eram apoiados por líderes políticos e religiosos corruptos. Esse cenário contribuiu para a degradação moral e atraiu o julgamento de Deus.
         Miquéias divide suas dezenove profecias em três ciclos: 1:2-2:13; 3-5 e 6-7; cada um dos quais se inicia com profecias de julgamento e finaliza com uma ou mais profecias de salvação.
         O capítulo 1 anuncia o julgamento que viria sobre Israel e Judá, principalmente por causa da idolatria (Mq 1:7). É importante lembrarmos que qualquer coisa ou pessoa que, porventura, venha a tomar o lugar de Deus no nosso coração se tornará um ídolo para nós.
         A opressão movida por ganância também atraiu o juízo de Deus (Mq 2:1-2; 8-9). Essa situação se parece muito com o que acontece no Brasil hoje em dia. Deus puniu os opressores e fez justiça (Mq 2:4). Não pensem os opressores do Brasil que escaparão do juízo de Deus que está por vir.
           O capítulo 3 anuncia o juízo contra os líderes, os sacerdotes e os falsos profetas (Mq 3:1-3; 5-6; 9-12). Tudo isso também acontece nos dias de hoje, até mesmo dentro das igrejas, mas o juízo de Deus está a caminho para esses que deveriam ser exemplos para os outros, mas ao invés disso, sugam o sangue do povo, exploram sua fé e roubam seu dinheiro.
          O capítulo 4 contém uma promessa de restauração de Israel, estabelecendo-a como o centro do culto a Deus para o mundo todo. Isso se cumpre totalmente através da Igreja, que é luz para o mundo, a quem o mundo olha buscando ver algo de Deus, buscando orientação, etc.
          Miquéias profetizou a vinda de Jesus (Mq 5:2). 
          Deus chamou a atenção de Israel para o significado do verdadeiro culto, que não consiste simplesmente em rituais religiosos, mas sim em mudança de coração e de atitudes (Mq 6:6-8).
          A degradação moral de Israel era grande (Mq 6:10-12). Isso atraiu também o juízo de Deus (Mq 6:13). Isso nos faz lembrar do "jeitinho brasileiro", o hábito maligno de sempre querer levar vantagem em tudo, mesmo que seja corrompendo, mentindo, enganando, etc.
           A maldade havia se multiplicado muito em Israel (Mq 7:1-7).
           O livro termina com uma maravilhosa promessa de perdão e restauração para aqueles que se arrependerem (Mq 7:18-20).

07/06/2013

OBS: Mensagem pregada na Escola Bíblica da IESF do J3 no dia 04/06/2013.          

segunda-feira, 3 de junho de 2013

COMENTÁRIO SOBRE O LIVRO DE OBADIAS

           Não se sabe muito sobre Obadias, que é o autor do livro da Bíblia que leva o seu nome, mas sabemos que Obadias significa "servo do Senhor".
           A data do livro é uma questão muito debatida, já que os edomitas viviam em guerra contra Israel, mas pelo contexto do livro o mais provável é que tenha sido um pouco depois de 586 a.C., data em que os babilônios invadiram Judá e os edomitas ajudaram a destruir o Reino do sul: Judá. A profecia contra Edom no livro de Obadias provavelmente se refere a essa ocasião.
           Antes de procurar entender o conteúdo do livro é importante saber quem eram os edomitas. Eles eram descendentes de Esaú (Gn 25:21-30). Edom significa "vermelho", em alusão à comida que Esaú comeu quando vendeu o seu direito de primogenitura à Jacó.
          Conforme foi profetizado por Jacó, os edomitas serviram a Israel, mas houve sempre conflitos entre eles (Gn 27:38-40).
           Os edomitas odiavam Israel, por causa do que houve entre Esaú e Jacó. Veja um exemplo disso neste episódio relatado em Nm 20:14-21, quando Moisés solicita passagem para o povo de Israel por meio de Edom, mas esta lhe é negada.
           O povo de Edom habitava no sudeste do mar morto, numa terra montanhosa e deserta, onde hoje está um país chamado de Jordânia. É próximo à conhecida cidade de Petra, construída pelos Nabateus, um povo nômade que passou a habitar naquelas terras depois da destruição de Edom.
          Durante o reinado de Davi, Edom foi feito servo de Israel (2 Sm 8:14). Edom se libertou, porém, na época do rei Jeorão (2 Rs 8:20-22).
         Vejamos a seguir algumas lições que podemos tirar desse livro de Obadias:
          1) Edom tinha a soberba de achar que nunca poderia ser destruído, não importando o quanto pecasse (Ob 2-4). É um comportamento comum, mas pecaminoso, de quem tem algum poder.
           2) O grande rancor e a falta de perdão de Edom para com Israel lhes custou muito caro (Ob 10). Eles foram totalmente rejeitados por Deus (Ml 1:4). Devemos perdoar e não buscar vingança, entregar nas mãos de Deus e esperar por sua justiça.
         3) Edom se alegrou com a ruína de Israel (Ob 12-14). Isso é muito errado e perverso, pois o próprio Deus não se alegra quando castiga alguém (Ez 33:11), assim como um pai não se alegra em disciplinar um filho. Não deveríamos nos alegrar ao ver alguém sofrer, por mais que a pessoa mereça.
           4) Edom se alegrou com a ruína de Israel como se eles fossem melhores que Judá e não fossem merecedores de castigo igual ou até pior. Veja também Mt 12:43-45; Lc 13:1-5; 18:9-14. A única diferença entre nós e aqueles que vivem sofrendo por causa do pecado é a presença de Deus. Lembre-se disso: É a graça de Deus que nos faz diferentes, não há nenhum merecimento em nós.
       5) A lei da semeadura é infalível, mesmo que ela não aconteça agora, se efetuará depois da morte, pois Deus fará justiça (Ob 15). Só uma coisa anula a lei da semeadura: O arrependimento.
         6) Deus promete fazer justiça e restaurar a nação de Judá. Esse livro de Obadias serviu também para consolar povo judeu (Ob 17-21). 

03/06/2013

OBS: Mensagem pregada na escola bíblica da IESF do J3 no dia 21/05/2013.