terça-feira, 28 de maio de 2013

QUINTO PRINCÍPIO PARA A INTERPRETAÇÃO DA BÍBLIA

           É necessário consultar as passagens paralelas. Para entendermos bem sobre um assunto e/ou uma doutrina é necessário ler sobre o tema na Bíblia toda, comparar os textos, procurando ver a Bíblia como um todo, não isolando partes e/ou se apoiando em versículos isolados e obscuros.
           Veja alguns exemplos de má-interpretação pelo fato de não seguirem esse quinto princípio: Alguns interpretam o texto de Is 1:19 de maneira errada, dizem que se obedecermos a Deus, Ele nos dará o melhor carro, a melhor casa, o melhor emprego, etc. Erram por não levar em consideração o que significava "o melhor dessa terra" naquele contexto e por desprezar o restante da Bíblia, onde existem textos tais como: Mt 6:19-21; 1 Tm 6:7-10 e Pv 30:8-9, que contradizem o pensamento citado acima. Alguns interpretam Mc 11:23-24 equivocadamente, usando-o como base para a confissão positiva, desprezando totalmente a vontade de Deus. Veja 1 Jo 5:14-15. Alguns interpretam Mt 7:1-2 como sendo uma proibição contra a análise de pregações, estudos, livros, etc; como se fosse proibido questionar. Veja 1 Jo 4:1; At 17:11. Alguns usam o texto de 1 Pe 3:3-5 para proibir as mulheres de usarem enfeites. Compare com Ez 16:8-14. Alguns interpretam o texto de At 16:31 como sendo uma promessa universal, mas a salvação é individual. Veja Rm 14:12; Ez 18:20 e Lc 12:51-53.

28/05/2013

OBS: Mensagem pregada na Escola Bíblica da IESF do J3 no dia 05/10/2010. 

domingo, 26 de maio de 2013

QUARTO PRINCÍPIO PARA A INTERPRETAÇÃO DA BÍBLIA

         É preciso levar em consideração o objetivo ou o desígnio do livro e/ou passagem em que ocorrem as palavras ou expressões obscuras.
         Veja um exemplo clássico de má interpretação por não se respeitar o princípio citado acima: Rm 3:28 diz que somos salvos pela fé e Tg 2:24 diz que somos salvos pela fé e pelas obras. De início parece uma contradição, por isso os incrédulos usam muito esses textos para afirmar que existe contradição na Bíblia. Mas quando aplicamos o quarto princípio, a aparente contradição se desfaz, pois vemos que Paulo estava escrevendo para aqueles que confiavam nas obras da lei mosaica como meio de salvação, ou seja, achavam que eram salvos por boas obras (ações boas), ignorando a fé em Jesus. Já Tiago estava escrevendo para aqueles que diziam ter fé, mas suas obras não evidenciavam isso. Também é importante saber que a palavra "justificar" em Tiago significa demonstrar veracidade de uma afirmação anterior, não significa se reconciliar com Deus. É o mesmo caso de Lc 7:35 que diz que "a sabedoria é justificada por todos os seus filhos". O objetivo deles era diferente, por isso existe a diferença na abordagem. Vendo a Bíblia como um todo sabemos que as nossas obras evidenciam que a nossa fé é verdadeira, mas não somos salvos por causa delas.
        Em Tg 2:21 Tiago fala de Abraão, que mostrou que tinha fé por causa da sua atitude de levar o seu filho para ser sacrificado, lembrando que isso não se concretizou, pois Deus não queria que seu filho morresse, era apenas uma prova. Essa "obra" de Abraão o justificou, ou seja, mostrou que a fé dele era verdadeira. Mas ele creu em Gn 15 e demonstrou em Gn 22.

26/05/2013

  OBS: Mensagem pregada na Escola Bíblica da IESF do J3 no dia 05/10/2010.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

TERCEIRO PRINCÍPIO PARA A INTERPRETAÇÃO DA BÍBLIA

         É necessário tomar as palavras no sentido indicado no contexto, a saber, os versículos que precedem e seguem ao texto que se estuda.
          No contexto encontramos palavras ou expressões que nos ajudarão a compreender a palavra ou o versículo que parece obscuro.
         Vejamos alguns exemplos de má-interpretação: Alguns interpretam a palavra "letra" em 2 Co 3:6 como se fosse uma referência ao estudo teológico, à teologia, etc. Por isso usam esse texto para desestimular as pessoas a fazerem teologia. Mas a verdade é que o contexo mostra que "letra" ali se refere à lei de Deus que não serve a nós como meio de salvação hoje em dia. Alguns interpretam a palavra "perfeito" em 1 Co 13:10 como sendo uma referência ao fechamento do cânon, ou seja, ao encerramento da questão a respeito de quais livros seriam inspirados para poder comporem a Bíblia. Muitos usam esse texto para provar que ninguém pode "falar em línguas" nos dias de hoje. Mas a verdade é que o contexto mostra que "perfeito" ali se refere ao dia em que Jesus voltará e restaurará todas as coisas. Alguns interpretam a expressão "tudo posso" em Fp 4:13 como se ela quisesse dizer que a pessoa pode conseguir, conquistar o que quiser, o que desejar. Usam esse versículo principalmente no sentido material. Mas a verdade é que o contexto mostra que "tudo posso" ali se refere a capacidade que o apóstolo Paulo tinha adquirido de passar por qualquer situação, fosse ela boa ou ruim.

22/05/2013

OBS: Mensagem pregada na escola bíblica da IESF no dia 05/10/2010.
 

SEGUNDO PRINCÍPIO PARA A INTERPRETAÇÃO DA BÍBLIA

         Precisamos saber que existem palavras que variam de significado dependendo da frase. Por isso é de todo necessário tomar as palavras no sentido indicado pelo conjunto da frase. Por exemplo: a palavra "mundo" pode significar: planeta, humanidade, sistema maligno controlado por Satanás, etc; a palavra "carne" pode significar corpo, natureza pecaminosa do ser humano, etc.
         Vejamos alguns exemplos de má-interpretação: Alguns interpretam a palavra "corpo" em Mt 26:26 literalmente e por causa disso surgiu a grande heresia da igreja católica que diz que a "óstia" é literalmente o corpo de Cristo. Alguns interpretam a palavra "natural" em Rm 1:27 como sendo uma alusão a uma "relação sexual que não parte de um gesto de amor". Com isso as pessoas acham que esse texto não está condenando o homossexualismo, quando na verdade, ao analisarmos a palavra no contexto da frase percebemos que "natural" ali significa o contato sexual com o sexo oposto, o qual as pessoas abandonaram para se relacionarem com pessoas do mesmo sexo.

22/05/2013

OBS: Mensagem pregada na escola bíblica da IESF do J3 no dia 05/10/2010. 
        

segunda-feira, 20 de maio de 2013

PRIMEIRO PRINCÍPIO PARA A INTERPRETAÇÃO DA BÍBLIA

         Os escritores da Bíblia escreveram com o objetivo de se fazerem compreender. Por isso, usavam as palavras geralmente no sentido que tinham na época, numa linguagem que facilmente as pessoas entendiam.
         O primeiro princípio, portanto, para uma correta interpretação bíblica é que é preciso, o quanto seja possível, tomar as palavras em seu sentido usual e comum às pessoas da época.
         Isso não significa que as palavras devem ser interpretadas sempre ao "pé-da-letra"
         Veja alguns exemplos de má-interpretação: Alguns interpretam a palavra "mal" em João 17:15, quando Jesus pede ao Pai que nos livre do "mal", como sendo equivalente a acidentes, assaltos, doenças, etc. Daí surge uma heresia de que o discípulo de Cristo não passa por essas coisas; quando na verdade o "mal" ali se refere aos ataques do diabo contra as nossas vidas, com o intuito de nos tirar do caminho. Quando falo de ataques, falo de ataques com o poder de nos tirar da presença de Deus, o que não é possível, é claro, pois Jesus pediu ao Senhor que nos livrasse desses tipos de ataques, mas podemos sofrer ataques menos danosos, que podem se resistidos e suportados e até usados para o nosso crescimento. Chegamos, obviamente, a essa conclusão comparando esse texto com outros textos que falam sobre o mesmo assunto. Alguns interpretam a palavra "cruz" em Lucas 14:27 como se ela se referisse ao marido e/ou esposa, ao filho, a um emprego, a uma doença, etc; quando na verdade "cruz" ali significa a renúncia difícil que cada um precisa fazer para seguir a Cristo, basta ler o contexto para entender isso.
          Aprendemos a descobrir o verdadeiro significado das palavras através do estudo constante das Escrituras para que possamos nos familiarizar com os termos usados. A ajuda de dicionários e comentários de confiança reconhecida também são muito úteis, além da ajuda de outros irmãos mais maduros e sábios, bem entendidos nas Escrituras.

20/05/2013

OBS: Mensagem pregada na Escola Bíblica da IESF do J3 no dia 05/10/2010.    

terça-feira, 14 de maio de 2013

PRINCÍPIO FUNDAMENTAL PARA A INTERPRETAÇÃO DA BÍBLIA

         O primeiro falso intérprete da Palavra de Deus foi o diabo. Ele deu à Palavra do Senhor um sentido que ela não tinha (Gn 3:1-5).
         Depois vemos ele citando o Salmo 91 para Jesus da maneira que lhe convinha, usando a Palavra de Deus para tentar a Jesus. Aprendemos aqui que a distorção da Palavra do Senhor pode nos induzir ao erro.
          De lá para cá muitos têm se levantado e seguido o exemplo do diabo, interpretando a Bíblia como bem entendem e causando um prejuízo enorme à vida de muitas pessoas.
         A regra fundamental de interpretação bíblica é que a Bíblia é a sua própria intérprete, pois quem deve nos dizer o significado correto do texto bíblico é o próprio Deus (2 Tm 3:16-17).
         Devemos estudar a Bíblia para descobrir qual é a mensagem de Deus para nós e não querer usá-la para apoiar os nossos próprios pensamentos e doutrinas, como muitos tem feito.
          Ao ler a Bíblia precisamos buscar a Deus, pedir que Ele nos revele o significado da Sua Palavra e também devemos nos esforçar para manter o coração aberto e livre de qualquer idéia pre-concebida, preconceituosa, pois do contrário nós sempre vamos achar que a Bíblia está concorcando conosco ao invés de reconhecermos o nosso engano quando ela nos convecer de que estamos acreditando de maneira errada.

14/05/2013

OBS: Mensagem pregada na Escola Bíblica da IESF do J3 no dia 05/10/2010.    

quarta-feira, 8 de maio de 2013

PRINCÍPIOS PARA A INTERPRETAÇÃO DA BÍBLIA (INTRODUÇÃO)

        "A arma principal do soldado de Cristo é a Escritura, e se desconhece seu valor e ignora seu uso legítimo, que soldado será?" (Autor desconhecido).
        Por que é importante saber interpretar a Bíblia?
        Estamos vivendo tempos de muito engano, onde muitas seitas distorcem a Bíblia, incrédulos tentam ridicularizá-la e até mesmo dentro de igrejas chamadas "cristãs" e "evangélicas" a Bíblia é interpretada conforme as pessoas desejam, resultando assim em muitos erros (1 Tm 4:1).
         Se não soubermos interpretá-la, nós mesmos podemos desagradar a Deus e cair em condenação (2 Tm 2:15).
         Precisamos nos proteger dos enganos e orientar quem está sendo enganado (1 Tm 4:16).
         Precisamos ser como os crentes de Beréia (At 17:11) e não termos a síndrome de papagaio, ou seja, ser alguém que só repete o que os outros dizem, sem refletir sobre o que foi dito. O que nos leva a adotar versículos novos, inventados, tais como: "Eu venci o mundo, vós o vencereis.", "Vinde como estais.", "Os anjos queriam pregar o evangelho, mas Deus deu a nós a responsabilidade.", "Na presença de Deus a tristeza salta de alegria".  Embora nem tudo que foi dito nesses exemplos seja errado, essas expressões não são versículos bíblicos, mas muita gente acha que é, pois não procura conhecer a Bíblia.
         Por que, às vezes, é difícil interpretar a Bíblia?
         É porque ela foi escrita por pessoas dos mais variados tipos. Haviam entre os escritores: sacerdotes, poetas, profetas, guerreiros, pastores, estadistas, sábios, pescadores, etc. Cada um com um estilo de escrita diferente, pois mesmo o texto sendo inspirado, Deus os usou sem anular suas personalidades para transmitir aquilo que Ele queria.
         Ela foi escrita em épocas diferentes, com uma variação de cerca de 1.500 anos e o último livro já foi escrito há 2000 anos.
        Os escritores viveram em culturas diferentes, pois a cultura muda de acordo com a época e o lugar.
         Por causa de tudo isso precisamos de todos os recursos que conseguirmos para poder interpretar bem a mensagem, levando em consideração algumas coisas, tais como: O autor, a quem se destinou a mensagem originalmente, o objetivo do livro/carta, o contexto histórico, etc. 

09/05/2013

OBS: Mensagem pregada na Escola Bíblica da IESF do J3 no dia 05/10/2010.

     
 

terça-feira, 7 de maio de 2013

A UNIDADE DO CORPO DE CRISTO

        A unidade é tão importante que Jesus fala dela várias vezes na sua oração e ainda a compara com a união dele com o Pai (Jo 17:11,21,23). Que características evidenciam essa unidade no meio da igreja?
        Uma grande evidência dessa unidade é não fazer acepção de pessoas, pois todos somos membros do mesmo corpo, onde Jesus é o cabeça (1 Co 12:12-14). A sociedade gosta de discriminar as pessoas por idade, sexo, classe social, cor, raça, etc; mas na Igreja não deve ser assim, pois todos nós somos ovelhas de um só pastor (Mc 10:42-45; Ef 4:1-6). Na igreja todos são igualmente importantes, embora haja funções diferentes no corpo. Assim como é na trindade, devemos cooperar para o mesmo propósito e ter a mesma vontade.
         Outra evidência da unidade é a existência de relacionamentos de amizade verdadeira, assim como foi entre Jesus e os primeiros discípulos. Não é possível haver unidade se não houver amizade, uma ligação íntima baseada no amor. Nossa unidade deve se inspirar no relacionamento entre Deus e Jesus, que é uma amizade profunda e linda.
        Nos dias de hoje há muitas pessoas individualistas, que vivem no seu próprio mundo e não se abrem para se relacionar com os outros. As tecnologias, tais como: DVD, internet, televisão, etc; têm contribuido para isso, incentivando o isolamento. Muitas vezes as nossas igrejas estão como num ônibus, onde ninguém se conhece, apenas estão indo na mesma direção e estão no mesmo lugar; quando na verdade deveríamos ser como uma família, onde as pessoas vivem relacionamentos íntimos. Para se resgatar a amizade é necessário a igreja investir tempo em relacionamentos promovendo cafés-da-manhã, passeios, retiros, jantares, dias de lazer, pequenos grupos, visitações, etc.
         Outro evidência da unidade é quando na igreja as pessoas se identificam uns com os outros nas suas alegrias e tristezas (Rm 12:15; 1 Co 12:26-27; Gl 6:2). O Pai e Jesus sempre compartilharam juntos as alegrias e tristezas. Temos que saber compartilhar não apenas bens materiais, mas a nossa própria vida com os outros (Jo 17:10; At 2:44-46, 4:32-35; 1 Ts 2:8).
         Se vivermos em unidade como corpo de Cristo tanto seremos poderosamente abençoados como o nosso testemunho será mais poderoso, pois o próprio Jesus disse em João 17 que a unidade era "para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste".

07/05/2013

OBS: Mensagem pregada num culto de doutrina da ICG do NM no dia 12/11/2009 e na IESF do J3 num culto de doutrina no dia 11/08/2011.     

sábado, 4 de maio de 2013

A VERDADEIRA ADORAÇÃO

        Jesus disse que o Pai procura verdadeiros adoradores que o adorem em espírito e em verdade (Jo 4:20-24), mas o que significa isso exatamente?
        "Em espírito" quer dizer que é a algo que vem de dentro de nós. Isso diz respeito a uma grande realidade experimentada pela igreja, onde o Espírito Santo que habita no discípulo, o impulsiona a adorar a Deus. Nós somos incapazes, por si sós, de adorar a Deus. É necessário um toque do Senhor em nosso coração nos despertando para isso. Ele, obviamente, faz isso na vida daqueles que deixam o Espírito fluir em suas vidas, despertando-os assim para a adoração.
        A verdadeira adoração não depende de lugares (Jo 4:20-21). Você pode estar na igreja, em casa, no ônibus, etc, o que importa é que seu coração esteja ligado em Deus.
        Como é algo interior, a verdadeira adoração não depende da forma como é feita. Você pode adorar em pé, sentado, deitado, etc. O que importa é a sua disposição interior de adorar.
        Deus nunca aceitou a adoração que só existia na forma, na aparência (Ml 1:13-14; Mt 15:8-9a). Ela precisa ser "em verdade".
        Para que a adoração seja verdadeira ela precisa ser acompanhada de uma vida de obediência a Deus, caso contrário ela será rejeitada, se tornará algo abominável aos olhos de Deus (Is 1:10-17). Antes de aceitar a oferta de adoração Deus quer aceitar o próprio adorador (Mt 5:23-24).
       Que Deus possa encontrar verdadeiros adoradores em cada um de nós. Amém!

04/05/2013

OBS: Mensagem pregada no primeiro movimento de adoração da ICG do A no dia 17/10/2009.       

ESPIRITUALIDADE EGOCÊNTRICA

             Na época em que vivemos o individualismo é muito forte. Tem surgido igrejas que estimulam as pessoas a buscarem a Deus apenas pelo que Ele pode oferecer e esse tipo de ensinamento tem alcançado as outras igrejas mais tradicionais também.
         Basta nós olharmos a mensagem que é pregada hoje em dia. Se prega sobre como vencer as tribulações, como ter seus problemas resolvidos, sobre a casa, emprego ou carro que Deus vai dar, etc.
        Quantas pregações se vê hoje sobre: carregar a sua cruz, arrependimento, volta de Jesus, santificação, abandono do pecado, serviço, sofrimento na vida do discípulo, etc? Quase não vemos mais.
          Imagine se Deus chegasse para você e dissesse assim: "Peça o que você quer". O que você pediria? Pois foi justamente isso que Deus disse a Salomão. E o que ele respondeu?
         Salomão assumiu que não sabia como se conduzir e pediu a Deus um coração compreensivo e sabedoria para discernir entre o bem e o mal (1 Rs 3:7-9).
        Salomão não pensou nele primeiramente, pensou no povo e desejou dar o melhor no serviço a Deus como rei. Será que, assim como ele, temos pedido a Deus capacidade para servir melhor?
         Salomão desejou ter um caráter agradável ao Senhor, não pensou primeiramente em ter bênçãos materiais ou algo que trouxesse bem-estar, mas Deus as concedeu mesmo assim (1 Rs 3:10-14).
         Quando analisamos a obra do Espírito Santo vemos que Ele quer transformar primeiramente o nosso caráter e por isso Ele produz em nós o Seu fruto (Gl 5). Ele nos concede dons com o propósito de servirmos à Deus e à Igreja (1 Co 14:12).
        Paulo, quando ora no início de suas cartas pelos irmãos, pede pelo crescimento espiritual deles, não por bênçãos materiais, cura de doenças ou livramento de tribulações, não é que Deus não dê essas coisas, mas elas não eram prioridade no entendimento de Paulo. Jesus chamou a atenção das pessoas porque elas só buscavam a Ele por causa do que Ele podia dar (Jo 6:26-27).
        Precisamos urgentemente entender que Deus quer que o busquemos principalmente pelo que Ele é, não pelo que Ele pode dar e que desejemos viver de maneira agradável a Ele, se parecendo com Jesus, que viveu para amar e servir, sem colocar a si mesmo como o centro de tudo.

04/05/2013

OBS: Mensagem pregada na escola bíblica da IB do J2 (atual ICG) no dia 16/10/2005 e num culto de doutrina na ICG do NM no dia 20/08/2009.          

MARCAS DE UM VERDADEIRO DISCÍPULO DE JESUS

        O verdadeiro discípulo é alguém que nasce de novo do Espírito (At 2:38). Não importa ser religioso, ser de uma igreja, parecer "cristão", se alguém não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus (Jo 3:3). Veja em At 2:37-47 como vive um discípulo autêntico de Cristo.
        O verdadeiro discípulo é alguém que ama os ensinamentos de Deus (Jo 14:23). Quem é de Deus deseja conhecer a Deus e aprender como agradá-lo. Tem desejo de ser transformado, de crescer em Cristo.
        O discípulo é alguém que gosta de orar. Orar é simplesmente falar com Deus, cultivar uma amizade com Ele. É natural um pai não gostar de estar com um filho ou um namorado não gostar de estar com a namorada? Logo, como pode haver tanta gente que se diz seguidor de Jesus e não tem prazer em orar? O discípulo tem sede da presença de Deus, pois nEle encontramos a verdadeira satisfação (Sl 42:1).
          O discípulo é alguém que teme a Deus. Ele tem um desejo profundo de andar em santidade. Ele odeia o pecado e foge dele e Ele deseja viver para glorificar a Deus.
          Não esqueça que o discípulo de Jesus é como uma árvore que tem que dar bons frutos, pois do contrário é cortada e lançada fora.

04/05/2013

OBS: Mensagem pregada num culto da IESF realizado no colégio DM (atual CESF) no dia 16/10/2010.   

BEM-AVENTURADOS OS HUMILDES DE ESPÍRITO

        Os humildes de espírito são os primeiros listados como bem-aventurados, ou seja, felizes, no sermão de Jesus, conhecido como o sermão do monte (Mt 5:3). Mas o que significa ser humilde de espírito?
        A expressão "de espírito" fala de algo interior, de dentro do ser, não é uma humildade exterior, de aparência, de fachada; pois a pessoa pode ser pobre, simples e não ser humilde de espírito.
          O humilde é aquele que tem um coração quebrantado, contrito, que se derrama na presença de Deus (Sl 51:17). É o contrário do orgulhoso, do que tem dura cerviz, pois esse acha que não precisa de Deus, é auto-suficiente.
        Há vários exemplos na Bíblia de pessoas humildes, um exemplo é a mulher cuja História está em Lc 7:36-50.
          Aqueles que se humilham é porque reconhecem que sem Deus eles não são nada, se Deus não der eles não tem nada e se Deus não ajudar eles não fazem nada, ou seja, eles reconhecem que dependem de Deus.
        O princípio do Reino de Deus é simples. Quem quer receber a glória que é devida a Deus será humilhado até o pó, mas o que reconhece sua condição e se humilha diante do grande Deus será elevado a uma posição de muita honra (Lc 14:11).
        Portanto, vamos seguir o conselho de Deus em Tg 4:9-10, pois o Reino de Deus é dos humildes.

04/05/2013

OBS: Mensagem pregada num culto de domingo na ICG do NM no dia  11/10/2009      

O DISCÍPULO DE CRISTO E A AMIZADE

        A amizade é algo muito importante, pois Deus não nos criou para vivermos na solidão. Ele mesmo nunca viveu na solidão (Pv 17:17).
        Quero falar primeiro sobre amizade com incrédulos. Há um grande perigo em algumas amizades com incrédulos, pois um amigo exerce influência no outro, mesmo que este não perceba. Principalmente na fase da adolescência, onde a pessoa não quer parecer diferente, mas quer ser aceita.
          Por causa de uma amizade errada a pessoa pode ser levada para as drogas, prostituição, festas pervertidas, bebedeira, etc; principalmente se for nova convertida.
         Por isso é importante conhecer a Deus, buscar maturidade e ter convicção de fé. Se a pessoa tiver isso ela será capaz de saber com que pessoas incrédulas ela pode ter amizade e em vez de ser influenciada para o mal ela vai influenciar para o bem, assim como Jesus fez (Lc 2:15-17).
         É importante saber que Jesus não nos chamou para nos isolarmos dos pecadores, mas para estar com eles e evangelizá-los. Devemos nos aproximar não só para evangelizá-los, mas motivados por um desejo sincero de amar, servir, ajudar, etc.
         Com relação à amizade com os irmãos de fé gostaria de dizer que esse deveria ser o tipo de amizade mais profunda que existe, pois somos mais que amigos, somos irmãos. É uma ligação espiritual (Jo 17:11).
         Precisamos, porém, ter cuidado com as amizades com os falsos irmãos, pois elas podem nos levar à ruína.
         Infelizmente, hoje em dia, até mesmo dentro das igrejas as pessoas são muito individualistas. Elas costumam gastar muito tempo da sua vida no computador, acessando a internet ou jogando video-game, assistindo TV, etc. O resultado é que as pessoas não sabem mais o que é se relacionar de verdade, olhando olho-no-olho, gastando tempo uns com os outros, conversando, etc. A maioria não tem tempo para ser amigo, para servir, para amar, etc. Conhecemos a maioria das pessoas pelo que elas fazem e não pelo que elas são, ou seja, não as conhecemos intimamente.
         Cultivemos amizades sinceras e verdadeiras, pois isso faz muito bem à alma, é algo muito bom e saudável.

04/05/2013

OBS: Mensagem pregada num culto de doutrina na ICG do NM no dia 11/10/2007.    

VENCENDO O DESÂNIMO

        Motivação para viver como discípulo de Cristo é algo que surge a partir de uma ligação real e profunda com Jesus. Se não for assim facilmente seremos tomados pelo desânimo (Jo 15:5).
         Como ter motivação para andar com Deus e servi-lo, vencendo o desânimo?
        Primeiramente, é necessário ter um encontro verdadeiro com Deus (Is 6:1-8). Isaías já tinha ouvido falar de Deus, fazia parte do povo de Israel, mas ainda não tinha se encontrado com Ele. Muitas pessoas estão na igreja porque acharam legal, conheceram pessoas legais, se sentem bem em cumprir um ritual religioso, pois isso alivia suas consciências; mas ainda não tiveram um encontro com Deus. Por isso elas não tem motivação de orar, adorar, meditar na Palavra, ofertar, servir a Deus e ao próximo, etc.
        Em segundo lugar, é necessário permanecer no amor de Deus (Ap 2:4-5). A igreja de Éfeso preservava a sã doutrina e trabalhava bastante, mas não andava mais em amor. Sem amor o meu futuro é me desanimar e me desligar da videira. Sem amor ninguém consegue permanecer muito tempo servindo com fervor e alegria, tudo vira uma atividade religiosa enfadonha, chata e monótona.
         Procure se firmar realmente em Deus e no Seu amor e você verá que não vai faltar ânimo para você seguir em frente na caminhada, não importando os obstáculos que apareçam.

03/05/2013  

OBS: Mensagem pregada numa reunião de jovens da ICG do NM no dia 06/10/2007.   

sexta-feira, 3 de maio de 2013

A ORAÇÃO REQUER AÇÃO

        Há pessoas que oram muito, mas se esquecem que às vezes Deus requer de nós que também tomemos certas atitudes diante das situações adversas (Ex 14:10-20).
        No texto citado acima Moisés estava orando a Deus por causa da dificuldade e o Senhor mandou que o povo fizesse a sua parte (Ex 14:15-16). Deus ia abrir o mar, mas mandou Moisés estender a mão sobre o mar, assim como Jesus mandou que retirassem a pedra do túmulo para que Ele ressuscitasse Lázaro. Deus também mandou o povo marchar por toda a noite por entre o mar aberto enquanto Deus fazia a parte dele, protegendo o povo do exército de Faraó.
        Em algumas situações em que oramos precisamos agir também, tais como: Alguém que ora por um avivamento na igreja precisa procurar viver em santidade, ler a Bíblia, orar, etc. Alguém que ora por um emprego precisa se capacitar e sair atrás de trabalho. Alguém que ora para passar num concurso precisa se dedicar muitas horas ao estudo. Alguém que ora para vencer as tentações precisa fugir delas, evitar situações de risco. Alguém que ora para ser mais santo precisa praticar a Palavra de Deus, se consagrar mais, buscar mais de Deus. Alguém que ora para ter um relacionamento melhor com o  marido ou a esposa precisa viver como um verdadeiro discípulo, praticando a Palavra e agindo com sabedoria. Alguém que ora pela salvação dos filhos precisa ensiná-los no caminho do Senhor desde criança.
        Quando fazemos a nossa parte e confiamos que Deus fará a dEle podemos ter a certeza de que Ele lutará por nós. O Senhor fica entre nós e o inimigo (Ex 14:19-20). Ele confunde o inimigo e mostra que Ele é quem luta por nós (Ex 14:24-25).
        Faça tudo o que estiver ao seu alcance e confie que Deus fará o resto.

03/05/2013

OBS: Mensagem pregada num culto de oração da IB do J2 (atual ICG) no dia 05/10/2005 e num culto de oração da ICG do NM em 01/09/2009.