sábado, 6 de setembro de 2014

A PARÁBOLA DO SEMEADOR

              Essa parábola mostra quatro tipos de reações ao que Deus está falando. Precisamos compreendê-la e ver qual é a reação que estamos tendo ao que Deus está nos dizendo (Mt 13:1-9).
        O primeiro tipo de solo onde a semente é semeada corresponde às pessoas que são duras de coração (Mt 13:18-19; Is 66:2b,4b). Esses não compreendem e não aceitam a mensagem de Jesus porque ouvem com má vontade, não se abrem para o que o Senhor está dizendo (Mt 13:14-15). Por isso o diabo faz com que eles continuem cegos e endurecidos, roubando-lhes a mensagem que foi pregada, ou seja, fazendo-os jogar para o fundo da memória ou até mesmo descartá-la totalmente com se fosse algo inútil (MT 13:19). Quanto mais a pessoa ouve e rejeita a mensagem de Deus, mais endurecida(fechada) ela fica, por isso os corações mais duros do mundo estão dentro das igrejas, porque nelas é que se encontram a maioria das pessoas que está tão acostumadas a ouvir a mensagem e ignorá-la, que elas vão ficando cada vez mais insensíveis à voz de Deus.
            O segundo tipo de solo corresponde às pessoas superficiais (Mt 13:20-21). Essas são as que começam bem, mas não tem perseverança para seguir no caminho estreito que leva para o Céu (Mt 13:20). O caminho com Cristo tem lutas, dificuldades, perseguições, tentações, provações, dores, etc. Se a pessoa não estiver bem firmada na Rocha, que é Cristo, ela não suporta. (Mt 13:21). Essas pessoas são os que edificaram a sua casa sobre a areia, conforme o texto de Mt 7:24-27.
            O terceiro tipo de solo corresponde às pessoas mundanas (Mt 13:22). São aquelas que querem Jesus, mas também querem viver de acordo com o mundo, ou seja, com o sistema maligno que domina a sociedade com seus valores anti-cristãos. Os desejos pecaminosos acabam levando a pessoa para longe de Deus, pois ela não quer abandonar o pecado e Deus foi bem claro quando disse que sem santificação, ou seja, pureza de vida, ninguém verá o Senhor.
          O quarto tipo de solo corresponde aos verdadeiros cristãos (Mt 13:23). São aqueles que ouvem a mensagem de Jesus com prazer e a obedecem, procurando andar todos os dias de uma maneira agradável a Deus. Esses são os que serão salvos e estarão com Deus no Céu eternamente, pois produziram frutos dignos de arrependimento (Jo 15:2).
          Que o Senhor nos ajude a ser o quarto tipo de solo, ou seja, pessoas que ouvem e obedecem seus ensinamentos.

06-09-14

Obs: Mensagem pregada na IESF num culto de doutrina no dia 18/10/12 e na CEM num culto dominical no dia 13/07/14.

sexta-feira, 18 de abril de 2014

LIÇÕES DO MOMENTO DE DOR

Recentemente eu passei por um período muito difícil, de muita dor e sofrimento. Aconteceram várias coisas que eu não gostaria que tivessem acontecido; mas, agora, olhando para trás, eu vejo o quanto foi bom eu ter passado por essa tempestade. Quero compartilhar com você três lições preciosas que Deus me ensinou por meio desse deserto pelo qual tive que passar. São coisas que talvez você até ache muito fácil de praticar e eu, na teoria, sabia delas e achava que as praticava, mas na prática percebi que não as estava vivenciando na minha vida.
A primeira coisa que Deus me fez entender foi que eu não preciso ser escravo da necessidade de me justificar diante dos outros, ou seja, eu preciso confiar que a minha vida está nas mãos de Deus e que ele cuida de mim, por isso eu não preciso viver preocupado com a minha reputação, com o que os outros estão pensando de mim. Sofri muito recentemente por causa de coisas que escrevi para defender minha reputação, pois isso resultou em muita confusão. Entenda bem, não me arrependo do que escrevi, mas do porquê escrevi. Eu devia ter feito como Jesus que quando maltratado “entregava-se àquele que julga retamente” (1 Pe 2:23). Deus me ensinou que eu só preciso me preocupar em agradá-lo e não em querer que todo mundo tenha um ótimo conceito sobre mim. Jesus foi julgado e injustiçado, mas você não vê em momento nenhum ele se esforçando para convencer os outros de que eles estavam com um conceito errado sobre ele. Deus me ensinou que a justiça dele sempre se manifestará e que não importa o que as pessoas estão pensando de mim, mas sim o que Ele está pensando de mim.
A segunda coisa que Deus me ensinou foi que os seus propósitos na minha vida se cumprirão totalmente, a não ser que eu não queira. E que nenhuma pessoa ou instituição religiosa pode impedir isso. Recentemente fui injustiçado, abandonado e  caluniado pela “igreja” e isso, na época, doeu muito. Fiquei muito triste, como se tudo estivesse acabado pra mim. Nesse ínterim Deus me fez ver que eu estava assim tão desolado porque na prática eu estava achando que Ele estava limitado à “igreja”, que os seus sonhos pra mim não poderiam se cumprir mais. Fiquei muito triste nesse momento por ver o quanto tinha limitado o poder do meu Senhor, me arrependi muito e dali por diante levantei minha cabeça, confiante no amor de Deus, na certeza de que Ele não tinha me abandonado e de que todos os seus propósitos na minha vida se cumpririam cabalmente, isso foi libertador! Como Jó eu pude dizer: “Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado.” (Jó 42:2).
A terceira coisa que o Senhor me ensinou foi que eu tinha uma visão distorcida a respeito da realidade da vida, com relação a amizade das pessoas. Quando fui injustiçado nenhuma das pessoas que se diziam minhas amigas se levantou para ficar do meu lado, mesmo achando, alguns deles, que o que estava sendo feito comigo era injusto. Eu fiquei muito decepcionado com eles, pois eu esperava que eles se levantassem para me defender, para ficar do meu lado, mesmo que com isso eles fossem punidos juntamente comigo. Deus me fez perceber que eu tinha uma visão muito romântica e holywoodiana da vida. Ele me mostrou que mesmo as pessoas gostando de mim e até sendo minhas amigas, elas são humanas e cheias de defeitos e que por isso eu não posso ter expectativas muito elevadas, pois no geral, no momento em que um amigo sofre os outros tendem a deixá-lo sozinho, isso quando não o traem, pois as pessoas primeiramente pensam em si mesmas, em se preservar, ao invés de ficar ao lado do amigo e sofrer a injustiça junto com ele. Você lembra do que aconteceu com os discípulos de Cristo no momento em que ele foi preso? Todos abandonaram Jesus e Pedro chegou até a negar que conhecia o Senhor. Eu creio que eles amavam Jesus, mas no momento difícil, no momento em que eles tinham que escolher entre ficar do lado de Jesus e correr o risco de sofrer com ele ou fugir para se preservar, eles preferiram se preservar do sofrimento e deixar o amigo só. Há exceções, mas é assim que as pessoas agem na grande maioria das vezes. Eu sofri muito quando fui injustiçado pela “igreja” e foi mais difícil ainda quando as pessoas se omitiram, pois eu esperei muito deles, por isso a frustração foi grande.
Na época eu não percebia, mas agora eu vejo, como o salmista, que foi muito bom eu ter passado por esse momento de provação, pois através dele o Senhor me ensinou muita coisa, Ele escreveu as suas palavras no meu coração, para eu não mais pecar contra Ele. Agradeço a Deus pelo sofrimento que passei, foi uma verdadeira faculdade, cresci muito, muito mais do que cresci nos momentos de bonança. Hoje sou uma pessoa melhor e mais madura, graças a Deus!
18/04/2014